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Polícia encontra dinheiro escondido na meia de suspeito de crime em Major Vieira

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Segundo o delegado que investiga o crime, um dos suspeitos tinha R$ 3,3 mil reais, em notas de 100 reais, dentro da meia.

A rápida ação das forças policiais resultou na prisão de dois suspeitos de ter efetuado os tiros que levou à morte o ex-secretário de esportes do município de Major Vieira e policial da reserva Sérgio Roberto Lezan, de 56 anos.

O crime aconteceu por volta das 11h30 da manhã de terça-feira (14), e em menos de 6 horas os dois homens, de 27 e 31 anos, foram localizados e presos.

A operação contou com o apoio do efetivo do 3º Batalhão de Polícia Militar de Canoinhas, 38º BPM
de Mafra, 33º BPM de Curitibanos, Polícia Militar Ambiental, Polícia Rodoviária Estadual, Polícia
Rodoviária Federal, Batalhão de Aviação da PM – Águia e Polícia Civil de toda região.

Os suspeitos foram encontrados na localidade de Rio Bonito, interior de Papanduva. Um deles estava com as mesmas vestes utilizada no crime. A moto também estava com ele. O comparsa foi localizado logo depois.

Em depoimento, um dos homens ficou em silêncio e o outro negou o crime, segundo informou o delegado da 22ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Canoinhas, Eduardo Borges. Os dois tem antecedentes criminais, sendo que um deles já cumpriu pena.

Câmeras de segurança registraram os suspeitos parados próximo ao local do crime. Foto: Divulgação

Segundo a Polícia Civil, um dos presos levava na meia R$ 3,3 mil em células de 100 reais e R$ 800 também em notas de cem reais no bolso.

Ainda, segundo o delegado Eduardo Borges, que investiga o caso, testemunhas disseram que dois homens em uma motocicleta rondavam as proximidades do local onde aconteceu o crime desde a manhã de segunda-feira (13) e ficavam parados observando a vítima em um ponto que fica de 20 a 30 metros do ginásio, onde Lezan trabalhava como secretário de esportes.  

Ainda conforme o investigador, os homens fizeram o mesmo esquema dois dias seguidos. Na segunda-feira, próximo do horário do meio-dia, eles deixaram o local para depois retornarem, já que há uma creche na região e a rua fica mais movimentada neste horário, contudo as testemunhas não conseguem reconhecê-los porque, mesmo esperando aquele período todo, um deles estava com capacete, e o outro usava capuz e máscara — explica o delegado. No dia seguinte, os suspeitos surpreenderam Lezan quando ele saía do ginásio e dispararam, fugindo em seguida.

A polícia procura agora uma terceira pessoa, sendo esta a que comprou a moto utilizada pelos suspeitos para cometer o homicídio.

O antigo proprietário informou que vendeu a moto três dias antes do crime, na manhã do último sábado (11) — por meio de uma publicação no Facebook. O comprador pagou em dinheiro e não é nenhum dos dois homens que foram detidos. Essa terceira pessoas pode ser, em tese, o mandante do crime.

O ex-servidor público de Major Vieira, Sérgio Roberto Lezan, foi executado com quatro disparos de arma de fogo, e não três como inicialmente divulgado. Dois tiros foram na região dorsal e dois na cabeça. A arma não foi localizada.

Antes da vida dedicada à política, Lezan atuava na Polícia Militar e estava na reserva.  Ao lado do prefeito Adilson Lisczkovski, ele teria feito o relato que originou a Operação Conta Zerada, deflagrada pelo Ministério Público em setembro.

Na época, a operação acabou com a prisão de duas pessoas, uma delas, suspeita de enriquecimento ilícito, ostentava riqueza em rede social. Segundo o Ministério Público, essas pessoas teriam desviado R$ 200 mil dos cofres públicos.

Apesar deste indício, de acordo com o delegado, há várias outras possibilidades de motivação para este homicídio. “Não conseguimos excluir e nem confirmar que [a morte] está relacionada a operação“, frisa Borges.

Lezan foi velado em Major Vieira e sepultado na tarde desta quarta-feira (15), no Cemitério Municipal de Irineópolis. A prefeitura decretou luto oficial de três dias no município.