As oito pessoas que foram mortas por um policial militar no oeste do Paraná foram enterradas neste sábado (16). Das oito vítimas, seis eram da família do agente.
A esposa Kassiele Moreira Mendes Garcia, de 28 anos, e dois filhos: Miguel Augusto da Silva Garcia, de 4 anos, e Kamili Rafaela da Silva Garcia, de 9 anos, foram sepultados na cidade de São Pedro do Iguaçu, também no oeste do estado.
A mãe Irene Garcia, de 78 anos, o irmão Claudiomiro Garcia, de 50 anos, a terceira filha Amanda Mendes Garcia, de 12 anos, assim como os dois jovens que ele matou: Kaio Felipe Siqueira da Silva, de 17 anos, e Luiz Carlos Becker, de 19 anos, foram enterrados em Toledo.
O policial Fabiano Júnior Garcia, de 37 anos, que se matou após cometer os assassinatos, não teve velório a pedido da família e foi sepultado na sexta-feira (15), em Toledo.
Os assassinatos
Fabiano Júnior Garcia trabalhava no 19º Batalhão de Polícia Militar de Toledo e estava há 12 anos na corporação. A PM disse que o agente trabalhou normalmente na quinta-feira e deixou o plantão por volta das 19h.
A PM acredita que, ainda em Toledo, o homem tenha matado a esposa e a filha de 12 anos. Depois, foi até a casa da mãe dele, onde a matou com facadas. O irmão dele também foi morto, mas com disparos de arma de fogo.
Em seguida, a suspeita é que ele tenha se dirigido para Céu Azul, onde matou os dois filhos que estavam passando as férias na casa da avó materna. As vítimas foram baleadas. Após o crime, a sogra dele avisou outras pessoas, que acionaram a polícia.
Depois, o homem retornou para Toledo, onde tirou a vida de dois jovens aleatórios que estavam passando pela região, de 17 e 19 anos. Por fim, o policial tirou a própria vida dentro do carro.
O comandante-geral da Polícia Militar, Coronel Hudson Leôncio Teixeira, disse que o policial não tinha registros de problemas psicológicos. Disse ainda que Fabiano Júnior Garcia estava em processo de separação e tinha algumas dívidas, conforme relato de colegas.
A arma utilizada era da Polícia Militar do Paraná. A Polícia Civil investiga a motivação das mortes.