Há 28 anos nascia o “real”, a moeda oficial do Brasil, como parte do Plano Real, um projeto econômico para estabilizar a economia.
O objetivo do Plano Real foi alcançado e um ano depois da criação do Real, a inflação ficou em 22%. Já pensou pagar R$0,69 pelo litro do leite? Ou R$1,05 no quilo da carne? Estes eram preços cobrados nos anos 90 no Brasil, uma realidade impossível de se imaginar atualmente.
Antes de o real chegar, o Brasil teve outras oito moedas, pela ordem: réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzeiro (novamente), cruzado, cruzado novo, cruzeiro (pela terceira vez) e cruzeiro real.
A nota de R$ 100 era a de maior denominação quando o real foi lançado, em julho de 1994. Desde então, perdeu 86,09% de seu poder de compra. Isso quer dizer que, descontada a inflação, a nota de R$ 100 compra, hoje, o mesmo que seria possível comprar, há 28 anos, com apenas R$ 13,91.
Os cálculos são do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores.
Com a inflação acumulada entre julho de 1994 e junho deste ano em 653,06%, para ter o mesmo poder de compra da nota de R$ 100 em julho de 1994, o consumidor teria de gastar hoje R$ 748,04, destaca o economista.
O salário mínimo em notas de R$ 100
Em julho de 1994, o salário mínimo era de R$ 64,79. Naquela época, a nota de R$ 100 cobria o valor e ainda restavam R$ 35,21 no bolso do trabalhador.
Atualmente, o salário mínimo tem o valor de R$ 1.212. Ou seja, são necessárias 12 notas de R$ 100 mais R$ 12 para inteirar o valor.