Festival de fake news invade Canoinhas após divulgação de pesquisa eleitoral
Após a publicação de uma pesquisa eleitoral , referente a candidatura de Juliana Maciel (PSDB) à prefeitura de Canoinhas na data de ontem (26), as redes sociais, e principalmente grupos de WhatsApp, compartilharam uma avalanche de supostas pesquisas em que, ora um, ora outro candidato à prefeitura de Canoinhas, aparece como favorito do eleitor.
A publicação, feita pelo Canoinhas Online, só aconteceu após a verificação do registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o qual informa claramente que as entidades e as empresas que realizarem pesquisas de opinião pública relativas às eleições, ou aos candidatos, são obrigadas a efetuar o cadastro no Sistema de Registro de Pesquisas Eleitorais em até 5 (cinco) dias antes da divulgação, além de seguirem uma série de regras.
Além disso, os responsáveis pela divulgação de pesquisa sem o prévio registro na Justiça Eleitoral estão sujeitos à aplicação de multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00 (Lei nº 9.504/1997).
A divulgação de pesquisa fraudulenta (fake news) também constitui crime, punível com detenção de seis meses a um ano e multa, de acordo com o TSE.
Até o momento só há uma pesquisa eleitoral, referente às Eleições Suplementares em Canoinhas, registrada junto ao órgão, realizada pela empresa Nilson Antonio Gonçalves de Souza Ltda, com recursos próprios. Qualquer outra a circular, além de ser falsa, o responsável pode responder por crime eleitoral previsto na Lei das Eleições.
O Canoinhas Online, que também foi atacado pela publicação, considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, é mais uma ferramenta de informação à disposição do leitor.
Assim como esta, pesquisas de outros candidatos também seriam publicadas, igualmente sem custo, se estivessem devidamente registradas. Lamentamos que o fanatismo partidário tenha superado o bom senso!
Veja abaixo algumas da pesquisas eleitorais falsas que estão circulando. Além de conter erro de ortografia, em uma delas o fraudador esqueceu até de apagar o nome de Simone Tebet (MDB), que foi candidata à Presidência da República no primeiro turno das Eleições Gerais.