A campanha Outubro Rosa tem inspirado ações e projetos que alertam sobre o câncer de mama, além de dar apoio às mulheres que possuem a doença. Em Canoinhas, uma cabeleireira decidiu cortar o cabelo, de forma gratuita, de pacientes oncológicos.
Sabemos que a luta contra o câncer é moldado pela força, resiliência, pelo autocuidado e apoio. Receber um diagnóstico de câncer não é fácil e o tratamento mexe diretamente na autoestima da pessoa, principalmente das mulheres, que podem sofrer com a queda dos cabelos. Para a mulher a perda dos fios está diretamente ligada ao universo da feminilidade.
Felizmente, nem todo paciente que precisa fazer quimioterapias ou tratamento vai ter a perda dos fios.
Sendo assim, a cabeleireira Goreti Artner, que atua no ramo há 35 anos, e também já venceu duas batalhas contra o câncer (um na cabeça e outro na mama), decidiu oferecer seus serviços para mulheres que estão em tratamento contra a doença, neste mês de outubro.
“O salão da Goreti apoia o Outubro Rosa”, postou ela em sua rede social, no início do mês. “Vamos ter fé, vamos nos unir e ser feliz. Deus estará presente”. Goreti sem dúvida é um exemplo de superação e solidariedade.
Seu salão fica na Rua Adolfo Bading nº 34, no bairro Campo da Água Verde, próximo da Hiperfarma. Pacientes oncológicas ainda podem agendar horário pelo telefone 47 -99278.2346.
Câncer de mama: vamos falar sobre isso?
Embora seja um tema difícil de tratar, falar abertamente sobre o câncer pode ajudar a esclarecer mitos e verdades e, com isso, aumentar o conhecimento e diminuir o temor associado à doença.
Um em cada três casos de câncer pode ser curado se for descoberto logo no início. Mas muitas pessoas, por medo ou desinformação, evitam o assunto e acabam atrasando o
diagnóstico. Por isso, é preciso desfazer crenças sobre o câncer, para que a doença deixe de ser vista como uma sentença de morte ou um mal inevitável e incurável.
Alguns tipos de câncer, entre eles o de mama, apresentam sinais e sintomas em suas fases iniciais. Detectá-los precocemente traz melhores resultados no tratamento e ajuda a reduzir a mortalidade.
Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente, e outros, não. A maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.
O risco de desenvolver a doença aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 50 anos.
FATORES DE RISCO
- Comportamentais/ambientais
- Obesidade e sobrepeso após a menopausa.
- Sedentarismo (não fazer exercícios).
- Consumo de bebida alcoólica.
- Exposição frequente a radiações ionizantes (raios X, mamografia e tomografia).
- História reprodutiva/hormonais
- Primeira menstruação (menarca) antes dos 12 anos.
- Não ter tido filhos.
- Primeira gravidez após os 30 anos.
- Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos.
- Ter feito uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) por tempo prolongado.
- Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por mais de cinco anos.
- Hereditários/genéticos
- História familiar de:
- Câncer de ovário.
- Câncer de mama em homens.
- Câncer de mama em mãe, irmã ou filha, principalmente antes dos 50 anos.
- A mulher que possui alterações genéticas herdadas na família, tem risco elevado de câncer de mama.
É possível reduzir o risco de câncer de mama? Sim. Manter o peso corporal adequado, praticar atividade física e evitar o consumo de bebidas alcoólicas ajudam a reduzir o risco de câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator protetor.
Quais são os sinais e sintomas do câncer de mama?
Caroço (nódulo) endurecido, fixo e geralmente indolor. É a principal manifestação da
doença, estando presente em mais de 90% dos casos.
• Alterações no bico do peito (mamilo).
• Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.
• Saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
• Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
Essas alterações precisam ser investigadas o quanto antes, mas podem não ser câncer de mama. Todas as mulheres, independentemente da idade, podem conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.
Quem deve fazer mamografia de rastreamento? É recomendado que mulheres de 50 a 69 anos façam uma mamografia a cada dois anos.
A mamografia para avaliar uma alteração suspeita na mama é chamada de mamografia diagnóstica e poderá ser feita em qualquer idade quando há indicação médica.
INFORME-SE, CONVERSE, COMPARTILHE ESSAS INFORMAÇÕES. A saúde é um direito da
população e dever do Estado. Para informações sobre os serviços de saúde de sua cidade, procure a Secretaria Municipal de Saúde.