No dia de Nossa Senhora de Fátima, que é comemorado em 13 de maio, um tradicional Órgão de Tubos foi reinaugurado na Igreja Sagrados Corações, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. O instrumento, que estava há mais de 30 anos sem funcionar, passou por uma minunciosa restauração, feita pelas mãos talentosas do canoinhense Leonardo Estauski Tanaka.
O jovem organeiro é pesquisador histórico, que se interessa por relíquias e já restaurou órgãos por todo o Brasil. É dele, inclusive, o trabalho minuncioso, que fez ressoar novamente o Órgão de Tubos, que faz parte do complexo arquitetônico da Igreja Matriz Cristo Rei de Canoinhas.
No Rio de Janeiro, Leonardo precisou trocar as peças do órgão, fabricado em 1961, em Novo Hamburgo (RS). A recuperação durou quase um ano.
O órgão tubular, raro nos dias de hoje, deixou de emitir sons por falta de recursos para a manutenção. A comunidade católica do bairro se mobilizou para recuperar o instrumento musical, por iniciativa do pároco da Sagrados Corações, padre Sérgio Stein.

A missa solene daquele dia foi além dos rituais e orações, a música também foi destaque, porque teve o acompanhamento de um dos órgãos mais tradicionais do Rio. O instrumento pertence à Paróquia há 60 anos.
O presente aos fiéis foi reinaugurado pelo cardeal arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, que abençoou o instrumento musical. O som do órgão, que fazia tanta falta à paróquia, voltou a encher a igreja de beleza, por mérito de Leonardo Tanaka.
E o trabalho não para
À reportagem do Canoinhas Online, o jovem organeiro contou que hoje, além do restauro, também está em novos desafios, projetando dois órgãos de tubos; um para o mosteiro beneditino de Belo Horizonte, e outro para a Igreja Luterana do Espírito Santo, sem contar os vários harmônios e pianos que estão para recuperação sonora.
“É meus nobres conterrâneos, certa vez, em uma arrebatadora conversa com uma conterrânea, dulcineia¹, linda e nobre doutora na arte literária, ela me disse:
Leonardo Estauski Tanaka.
‘Uma verdadeira obra de arte nos inquieta e desconcerta […]’. E eu completo essa sentença afirmando que o fim da verdadeira música não é para distrair-nos, mas sim enriquecer a nossa alma. Afinal de contas, através da música pode-se desenvolver um senso crítico humanitário e espiritual, repassar cultura e também um trabalho em equipe, livre da ignorância, do medo e do preconceito! Um fraternal abraço!
¹ Alusão à Dulcineia de Toboso, personagem fictícia do romance Dom Quixote, escrito por Miguel de Cervantes.
			



























