O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu aos Estados-membros, na última segunda-feira (22), durante a reunião anual da entidade, que se envolvam mais nas negociações em curso para elaborar um tratado contra pandemias com vistas a evitar que se repitam os efeitos causados pela Covid-19.
“Quando a próxima pandemia bater à nossa porta – e ela virá – devemos estar prontos para responder de forma decisiva, coletiva e equitativa”, aconselhou.
Adhanom afirmou, durante a 76ª Assembleia Mundial da Saúde, que permanece a ameaça do surgimento de outra variante que possa causar novos surtos de doenças e mortes.
“A ameaça de outro patógeno emergente com potencial ainda mais mortal permanece. As pandemias estão longe de ser a única ameaça que enfrentamos. Em um mundo de crises sobrepostas e convergentes, uma arquitetura eficaz para preparação e resposta a emergências de saúde deve abordar emergências de todos os tipos”, discursou.
A Covid-19 também mostrou que oito bilhões de pessoas – basicamente todos no planeta – precisam ser mais protegidos em emergências. Ele também afirmou que o fim da Covid como emergência internacional “não é o seu fim como ameaça à saúde” e disse que ainda existe o risco de a doença evoluir com variantes que gerem novas ondas de infecções e mortes.
Na última semana, a OMS lançou uma rede global para prevenir doenças. A Rede Internacional de Vigilância de Patógeno tem como objetivo melhorar sistemas de coleta de amostras, usando dados que possam contribuir para políticas públicas, facilitar o processo de decisão por gestores, além de compartilhar informações de maneira mais ampla entre a comunidade científica.
Na China, autoridades chinesas estão em alerta diante do avanço da subvariante XXB da Ômicron, que deve, nas próximas semanas, elevar substancialmente o número de pessoas infectadas com Covid-19. O governo afirma que o número de casos semanais pode chegar a 65 milhões até o fim de junho.
A onda de infecções começou no fim de abril e foi “antecipada”. As modelagens de Nanshan mostram, neste momento, 40 milhões de casos semanais.
*Com informações de United Nations e R7.



