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Acusados de matar casal degolado em Timbó são condenados. Ex-marido e filho arquitetaram o crime

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Assassinato foi motivado por uma disputa por herança. Inconformado com o fim da relação e sem concordar com a partilha, pai e filho decidiram matá-la.

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Em sessão que começou na manhã de quinta-feira (24) e se estendeu até a madrugada desta sexta-feira (25), o Tribunal do Júri da comarca de Timbó condenou todos os quatro acusados de matar um casal, Eliana Maria Stickel Francisco e o namorado Augustinho Petry, em 2022.

Pai e filho foram condenados por arquiterarem os crimes Foto: Reprodução/Redes Sociais/Arquivo

Entre os réus, que foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina, estavam o ex-marido e o filho de Eliana, que teriam contratado uma dupla de criminosos para consumar o crime mediante promessa de recompensa.  

Eliana de 46 anos, e o namorado Agostinho, de 57, foram amarrados, agredidos e degolados dentro de casa. Segundo a acusação, o crime foi arquitetado pelo ex-marido, Agenor Manoel Francisco e pelo filho, Maicon Manoel Francisco, filho dela com Agenor, pelo desejo de evitar a divisão do patrimônio da família após ela pedir o divórcio e, na sequência, iniciar um novo relacionamento amoroso com o homem que foi assassinado com ela.   

Local onde o casal foi encontrado morto em Timbó. Foto: Polícia Civil

Com a decisão dos jurados, o ex-marido foi condenado a 43 anos, seis meses e 20 dias de reclusão, e o filho a 36 anos de reclusão, ambos inicialmente no regime fechado, pela prática dos crimes de homicídio e feminicídio.

Os outros dois réus, delegados por pai e filho para executar as vítimas, foram condenados a pouco mais de 32 e 39 anos de prisão, em regime fechado. Os dois executores também foram sentenciados pela prática do crime de integrar organização criminosa. 

Relembre o caso

O casal foi encontrado morto, amarrado e com sinais de violência na noite de 19 de julho de 2002. A casa em que eles estavam foi revirada e uma caminhonete levada.

Quem chamou os policiais foi o filho de Augustinho Petry. Ele contou que o pai não estava respondendo as mensagens por aplicativo de conversa, o que gerou preocupação. O filho, de 31 anos, então foi até a residência e encontrou o familiar e a namorada dele, Eliana Maria Stickel Francisco, já sem vida.

O imóvel estava revirado e havia uma espingarda no chão com os cartuchos espalhados, mas segundo o Instituto Médico Legal as perfurações nos corpos das vítimas foram causadas por “arma branca”. Eles tinham cortes profundos no pescoço. Cada um estava em um quarto. 

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