O homem que foi morto a tiros dentro de um carro em frente a uma creche, na manhã desta segunda-feira em Indaial, no Vale do Itajaí, foi identificado como Marcos Gama Barroso, de 45 anos.
Segundo a Polícia Civil, Barroso era membro de facção criminosa no estado do Amazonas, onde era conhecido por Marcola, e tinha um mandado de prisão em aberto por homicídio e tráfico de drogas.
Segundo o tenente-coronel Mário Elias, comandante do 32º Batalhão da Polícia Militar, “ficou bem claro que [o crime] é um fato relacionado com o passado dele, ele era claramente o alvo da situação, tanto é que ele foi alvejado por diversos disparos de arma de fogo”.
Mãe e filha, que passavam no local no momento do crime, foram baleadas acidentalmente e seguem hospitalizadas.
De acordo com o delegado Filipe Martins, que preside o inquérito policial, informações preliminares apontam que o homem estava sendo ameaçado de morte há algum tempo, por ter trocado de organização criminosa, o que teria desagradado o grupo rival. Desde então, ele era perseguido por eles.
Para despistá-los, Marcos, acompanhado da mulher e do filho, decidiu morar em Santa Catarina. Ao longo dos últimos anos, eles residiram em várias cidades da região.
Prisões
Quatro suspeitos de executarem Marcos Gama Barroso à queima roupa em frente a creche foram presos nesta tarde em municípios de São Paulo informou a Polícia Civil.
A primeira prisão, segundo a Polícia Civil, ocorreu na BR-116 em Registro (SP), a cerca de 423 km de Indaial, por volta das 14h10. Mais tarde, outros dois suspeitos foram detidos em Itapecerica da Serra (SP), segundo o delegado Filipe Martins.
O crime
O assassinato ocorreu por volta das 7h45, próximo à Unidade de Educação Infantil Hilário Buzzarello.
De acordo com a PM, o alvo dos criminosos dirigia um carro Renegade e parou em frente à creche onde deixaria a filha. Assim que a esposa dele e a filha desembarcaram do veículo, o homem foi executado por pessoas encapuzadas. Os familiares dele não foram feridos.
Uma mulher de 45 anos e a filha dela, de 3 anos, foram baleadas. Elas não tinham relação com o homem executado e ambas foram atingidas nas pernas por balas perdidas, informou o comandante da PM, Mario Elias.