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Mercado que desabou no Paraná não tinha alvará; três funcionárias morreram

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Laje que sustentava três caixas de água desabou e caiu para dentro do mercado atingindo parte do depósito e da padaria.

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Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (25), sobre a laje de um mercado que desabou em Pontal do Paraná, no Litoral, o delegado Jader Roberto informou que um inquérito foi instaurado para apurar as responsabilidades por três homicídios culposos e 12 crimes de lesão corporal. Segundo a apuração do Grupo RIC, o local não tinha alvará de liberação, conforme informado pelo Corpo de Bombeiros.

O desabamento aconteceu no início da noite de sexta-feira (22). A queda da laje no mercado atingiu parte do depósito e da padaria do mercado. Três funcionárias morreram. Elas estavam em seu primeiro dia de trabalho.

As buscas pelas vítimas terminaram no sábado (23) — Foto: Francielly Azevedo/ RICtv

De acordo com o proprietário, a inauguração foi antecipada por 20 dias para que o prefeito pudesse participar. “Nós iríamos inaugurar essa loja daqui uns 20 dias ou um mês. Mas como o Rudão (prefeito) é pré-candidato a prefeito, ele só pode participar da inauguração até o dia 5 de abril”.

O prefeito da cidade, Rudão Gimenes, participou da inauguração do Super Rede na quinta-feira (21) à noite e compartilhou a novidade no Instagram, enfatizando a importância do estabelecimento para a cidade, por gerar renda e emprego na região.

Segundo os bombeiros, a laje que desabou possuía 50 metros quadrados, dividida em três pavimentos, separados por uma camada de concreto com 15 centímetros. Um dos pavimentos tinha três caixas de água, com capacidade de 10 mil litros cada. Em outro pavimento, estavam três caixas de 15 mil litros cada.

A inauguração da unidade ocorreu na quinta-feira (21), já a abertura ao público, na sexta (22), horas antes do acidente. As buscas por vítimas duraram 14 horas.

Em nota, a Super Rede lamentou o caso, prestou solidariedade às famílias das vítimas e afirmou que está empenhada “em prestar todo o auxílio necessário às famílias das vítimas e aos feridos”.

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), as vítimas são:

  • RAYSSA BATISTA SANTOS – 18 anos, natural de Ilhéus, na Bahia
  • CAMILLE VITÓRIA DE SOUZA DIAS – 18 anos, natural de Curitiba
  • PRYSCILLA MARIS TASCHEK FARRO – 36 anos, natural de Curitiba

“Vamos aguardar o desfecho para poder seguir uma linha para responsabilizar alguém, seja quem projetou a obra, quem executou a obra, quem fiscalizou, quem comprou os insumos para realização da obra. Então assim, ainda é muito cedo, o inquérito policial ainda não está maturado, para podermos apontar responsabilidade a quem quer que seja”, disse o delegado.

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