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Mãe que matou filha para ficar com o neto é presa após 17 anos foragida no PR

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Crime aconteceu em 2007 na região metropolitana de Curitiba. O padrasto da vítima, também acusado do crime, foi preso em 2022.

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Tânia Djanira Melo Becker de Lorena, foragida da Justiça há 17 anos pelo assassinato da própria filha, Andréa Rosa de Lorena, foi presa neste sábado (11) em Marilândia do Sul, no norte do Paraná.

O crime aconteceu em 2007, em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba. Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), Andréa, na época com apenas 21 anos, foi morta por asfixia, com um fio de telefone, após um almoço na casa da mãe e do padrasto, Everson Luís Cilian, que também está preso pelo crime.

A motivação do crime, de acordo com o Ministério Públicp, seria a disputa pela guarda do neto de Tânia, filho de Andréa. Na época, Tânia passou a cuidar do neto quando a filha sofreu um acidente de moto. Já recuperada, a mulher tentou reaver o filho diversas vezes, mas a avó se recusava a entregá-lo e entrou na Justiça para ter a guarda dele.

A prisão de Tânia aconteceu em uma casa em Marilândia do Sul, após uma denúncia anônima. A informação foi confirmada pela Polícia Militar do Paraná.

O caso teve grande repercussão na mídia local na época do crime e, na última quinta-feira (9), o programa Linha Direta, da TV Globo, voltou a contar a história e pedir a ajuda da população para localizar a foragida. Dois dias depois ela foi presa.

Em relatório, a PM informou que Tânia vivia com um nome falso, se apresentando como Lurdes. Como tinha um mandado de prisão em aberto, foi detida e encaminhada para o Sistema Prisional de Apucarana, norte do Paraná.

[Ela] não esboçou nenhum tipo de reação ao ver os policiais. Lhe foi perguntado se esta tinha ciência das denúncias contra ela. ‘Lurdes’ relatou que tinha ciência“, disse o relatório da PM.

Na Justiça

Tânia foi denunciada pelo Ministério Público em dezembro de 2007 por homicídio triplamente qualificado. A denúncia contra ela não foi apreciada porque ela estava foragida.

Na época do crime, conforme o MP, Tânia era casada com Everson Luís Cilian, padrasto de Andréa, e que também foi acusado de cometer o crime. Ele foi preso em 2022 e virou réu pelo assassinato em 2023.

Everson Cilian vai a júri popular na próxima quarta-feira (15), no fórum de Campina Grande do Sul.

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