Um crime que abalou a população de Blumenau em julho de 2022, quando um homem matou a esposa e o filho, um bebê de apenas 3 meses, a golpes de faca, teve novo desdobramento esta semana.
A 4ª Câmara Criminal deu provimento parcial a um recurso interposto pelo Ministério Público de Santa Catarina, ampliando a pena do condenado, que havia sido fixada em 62 anos no julgamento em 2023, para 70 anos de reclusão.

Os corpos de Jéssica Mayara Ballock, de 23 anos, e do bebê Théo Pereira, foram encontrados em 25 de julho de 2022 dentro do apartamento onde moravam. O crime aconteceu um dia antes. Depois dos assassinatos, Kelber Henrique Pereira, de 28 anos, fugiu com o filho mais velho do casal, que tinha 1 ano e 10 meses na época. O menino foi localizado em Minas Gerais com os avós paternos.
Segundo a Promotoria, apesar da pena inicial de 62 anos alcançada no Tribunal do Júri no ano passado, o caráter hediondo dos homicídios o motivou a recorrer da sentença. “O contato direto com o caso nos mostrou que a retribuição dada era insuficiente para a brutalidade das mortes e, ainda que aumentada em quase 15%, permanece, por uma limitação dada pela Lei, ainda aquém do que a monstruosidade do caso exige”, disse o Promotor de Justiça Carlos Alberto da Silva Galdino, responsável pela acusação do réu.
Relembre o caso
Kelber matou a esposa e o filho de três meses a golpes de faca na residência onde a família morava, no bairro Velha Central. Depois de asfixiar e dar vários golpes de faca na companheira, ele passou a esfaquear o filho ainda bebê. Conforme denunciou o MPSC, os crimes ocorreram no quarto do apartamento do casal, onde o réu, a mulher e os dois filhos dormiam.
Após os crimes, o réu saiu de Blumenau, passou por Minas Gerais e seguiu para Bragança Paulista (SP). Na cidade, Kelber, que estava com um modelo Volkswagen Parati, trocou de veículo para um modelo Fiat Pálio e seguiu para Paulínia (SP), onde foi preso.
“Ele confessou para nós que havia cometido um duplo homicídio contra sua esposa e seu filho de três meses. Ele só se recorda que ingeriu drogas e álcool e não se recorda qual objeto ele utilizou para fazer o crime. Ele disse somente que amava muito a esposa e a criança”, disse o sargento da Polícia Militar Rodrigo Domingos Chagas, em entrevista à afiliada da Rede Globo de Campinas, a EPTV.
Os crimes ocorreram em 24 de julho de 2022 e o réu foi condenado pelo Tribunal do Júri no dia 22 de novembro de 2023 a 62 anos de reclusão. O crime ganhou repercussão nacional pela brutalidade dos homicídios.
			


























