Santa Catarina conta com 356 maricultores, que geram cerca de 1.500 empregos diretos no processo produtivo e é do estado 70% da produção nacional de moluscos.
Os dados, do Centro de Desenvolvimento em Aquicultura e Pesca da Epagri (Epagri/Cedap), mostram a força e a importância do maricultor, que desde 2010, em Florianópolis, ganhou uma data para lembrar a profissão no dia 18 de agosto.
No final da década de 1980 a Epagri e a UFSC foram as responsáveis pela introdução da maricultura em Santa Catarina. Conforme o pesquisador Epagri/Cedap, biólogo Felipe Matarazzo Suplicy, o objetivo era proporcionar uma fonte de renda complementar para pescadores artesanais.
As duas instituições seguem pesquisando e difundindo tecnologias para o setor até os dias atuais. “Passados quase 45 anos de sua introdução, a atividade está presente em 12 municípios costeiros. Isso tornou Santa Catarina uma referência nacional como maior produtor de moluscos do Brasil”, comemora o pesquisador.
Maricultura em Santa Catarina
Segundo dados levantados pela Epagri, a produção catarinense de moluscos na safra de 2021 foi de 11.978,2 toneladas.
Estima-se que o setor envolve mais 5 mil postos de trabalho ao longo de toda a cadeia produtiva, desde a produção de equipamentos e insumos até a distribuição e venda para milhares de consumidores finais.
De acordo com o pesquisador Suplicy, para muitos, a maricultura soa como uma profissão glamourosa, na qual o maricultor trabalha em uma fazenda marinha em um dia ensolarado, colhendo iguarias deliciosas.
“Na verdade, esses profissionais do mar são pessoas muito perseverantes e resilientes, que encaram um trabalho árduo, muitas vezes em dias de chuva e de mar bravio. Eles enfrentam muitas adversidades como o roubo de moluscos, a poluição marinha, as marés vermelhas. Aliado a tudo isso, também buscam se ajustar às várias normas que regem a ocupação do mar e a produção de alimentos”, comenta Suplicy.




























