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Caminhão que tombou na BR-376 carregava 30 toneladas de ferro; nove morreram

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A Polícia Civil do Paraná apura se houve excesso de velocidade por parte do condutor do caminhão.

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O caminhão que tombou em cima de uma van e matou nove pessoas na BR-376, em Guaratuba, estava carregado com cerca de 30 toneladas de peças de ferro para carros, segundo o delegado Edgar Santana.

Ao todo, 10 pessoas estavam na van. Entre as vítimas, estão atletas de um time de remo do Projeto Remar para o Futuro, de Pelotas, no Rio Grande do Sul.

A Polícia Civil do Paraná investiga o caso como homicídio culposo na direção de veículo automotor. Segundo o delegado, o motorista da carreta e o dono dela serão ouvidos pela polícia.

Atletas de Pelotas vítimas de acidente na BR-376, no Paraná: Angel Vidal, Helen Belony, Nicoli Cruz, João Kerchiner, Henry Guimarães, Samuel Lopes e Vitor Camargo — Foto: Reprodução
Oguener Tissot e Ricardo Leal da Cunha, vítimas de acidente no PR — Foto: Reprodução

Segundo a PRF, há suspeita de que a carreta perdeu os freios e colidiu na traseira da van.

Com o impacto, a van bateu em outro carro, rodou na rodovia e, em seguida, foi arrastada para fora da pista pelo caminhão, que tombou sobre ela. O motorista do carro não se feriu.

A Polícia Civil do Paraná apura se houve excesso de velocidade por parte do condutor do caminhão. Laudos dos corpos das vítimas e do local do acidente deverão compor o processo investigativo.

Além disso, a corporação pretende analisar imagens de câmeras de segurança do trajeto feito pelo caminhão.

Sobrevivente – O único integrante da equipe de remo de Pelotas a sobreviver ao acidente falou com exclusividade à RBS TV nesta terça-feira (22). João Pedro Milgarejo, de 17 anos, contou que, no momento da colisão, estava dormindo no fundo da van, que foi atingida por uma carreta. 

“Quando eu acordei, nem sabia o que tava acontecendo. Depois que eu fui ver que tava tudo desmoronado. […] Quando eu saí daquela van, eu já sabia que ia ser só eu, não tinha como mais ninguém sobreviver”, relembra.

Após o resgate, o atleta recorda que “apagou” na ambulância. Ele lembra que retomou a consciência apenas quando já estava no hospital de Joinville (SC), ao qual foi encaminhado com ferimentos leves.

Milgarejo disse que pretende comparecer ao velório coletivo. A cerimônia deve ter início na tarde desta terça na sede campestre do clube Centro Português 1º Dezembro em Pelotas (RS), onde os atletas treinavam.