O motorista da carreta envolvida no acidente na BR-116, em Teófilo Otoni (MG), que deixou 41 mortos, se entregou à polícia nesta segunda-feira (23). Ele se apresentou em uma delegacia de Teófilo Otoni, acompanhado de advogados. O motorista era considerado foragido pelas autoridades após deixar o local do acidente no sábado (21).
O motorista estava com a carteira de habilitação cassada, segundo a PM. Ele teve o direito de dirigir suspenso em 2022, após ser parado no município de Mantena e se recusado a fazer o teste do bafômetro.
“A suspensão, provavelmente, veio oriunda de uma apreensão da carteira de habilitação dele, feita em Mantena, numa blitz da Lei Seca pela Polícia Militar de Minas Gerais em 2022. Ele se negou a fazer o teste do etilômetro. A PM tomou todas as medidas à época e, provavelmente, resultou nessa suspensão do direito de dirigir”, disse Flávio Santiago, chefe do Centro de Jornalismo da Polícia Militar de Minas Gerais, no domingo (22).
A PRF havia divulgado que o motorista poderia ter fugido para o Espírito Santo. Ele não teve a identidade revelada.
Carga acima do peso
A Polícia Civil disse que a carga transportada pela carreta estava acima do peso. A principal hipótese é de que a tragédia tenha sido causada pela queda de um bloco de granito da carreta.
“Em um trecho da rodovia de declive, onde há uma curva, uma grande pedra de granito teria se desprendido da composição traseira [da carreta], atingindo em cheio o ônibus”, disse o delegado Saulo Castro, porta-voz da Polícia Civil mineira.
Em análise da nota fiscal da carreta, a Polícia Civil constatou que houve excesso de carga. “Aí já haveria um indicativo de responsabilidade por parte do condutor da carreta”, afirmou Castro.
O caminhão e o tacógrafo foram levados para perícia em Teófilo Otoni. Não será possível realizar perícia no ônibus devido aos estragos causados pelo acidente.
*Com informações do UOL.