A Polícia Civil pediu à Justiça que o corpo do empresário e influenciador Ricardo Godoi, de 46 anos, seja exumado, já que não passou pelo exame cadavérico. O pedido já foi autorizado, de acordo com o delegado Aden Claus, responsável pela investigação.
Godoi morreu durante um procedimento em um hospital particular de Itapema, no Litoral Norte de Santa Catarina, na segunda-feira (20). Segundo um amigo, ele recebeu anestesia geral para fazer uma tatuagem.
De acordo com o delegado, até a noite desta terça, parentes não haviam feito nenhum boletim junto à Polícia Civil sobre a morte de Ricardo.
“A família não registrou qualquer ocorrência. Nós tomamos conhecimento dos fatos através das redes sociais e, como a gente viu que a situação era complexa, muitas informações contraditórias, nós instauramos o inquérito policial, mesmo sem que a família tivesse nos acionado”, explicou o delegado.
Contudo, quando ele conseguiu contato com um parente, o corpo já havia sido enterrado, na Capela do Vaticano, em Itajaí, também Litoral Norte de Santa Catarina.
“Ela [familiar] me informou que naquele momento o corpo havia acabado de ser sepultado e eles não teriam ainda procurado a delegacia para registrar qualquer boletim de ocorrência. Mas, enfim, achava estranha a morte dele e que alguma coisa estranha havia ocorrido”, disse.
Com isso, o corpo não passou pelo exame cadavérico, importante para determinar com precisão a causa da morte.
“Foi explicado [à familiar] que era muito importante que o corpo, antes do seu sepultamento, tivesse passado pelo exame pericial do médico legista para esclarecer, realmente, qual a razão da causa morte do Ricardo”, declarou o delegado.
Por essa razão, a Polícia Civil pediu a exumação do corpo.
Segundo o delegado, a certidão de óbito consta que Ricardo teve parada cardíaca devido ao uso de anabolizantes. Ele conversou com a familiar sobre isso. “Ela confirmou que ele não fazia mais o uso de anabolizantes há uns cinco meses e por isso teria realizado alguns exames e também estaria apto para fazer a tatuagem”.
“A gente viu que a situação era complexa, muitas informações contraditórias, nós instauramos o inquérito policial, mesmo sem que a família tivesse nos acionado”, afirmou.