Um Acidente Vascular Cerebral (AVC), seguido de um quadro de insuficiência cardíaca irreversível, foram as causas da morte do papa Francisco, informou nesta segunda-feira (21) o Vaticano.
Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos dentro de seu apartamento, a residência de Santa Marta. O imóvel fica na Cidade do Vaticano e era onde o pontífice vivia desde 2013, quando foi eleito.
Segundo a certidão médica que atestou a morte, o papa sofreu um AVC cerebral, entrou em coma e teve um colapso cardiocirculatório irreversível às 7h35, no horário de Roma (2h35 em Brasília).
O boletim médico informa que o quadro foi agravado por pneumonia bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão e diabetes tipo 2. A morte foi confirmada por um exame de eletrocardiograma.
O atestado foi assinado por Andrea Arcangeli, diretor do Departamento de Saúde e Higiene da Cidade do Vaticano.
Francisco ficou internado por mais de um mês, entre fevereiro e março, para tratar uma pneumonia bilateral. Apesar de ter recebido alta, o papa continuava em tratamento em casa e apresentava um quadro de saúde que exigia cuidados.
Testamento do papa Francisco revela desejo simples e devoção
O papa Francisco, morto nesta segunda-feira (21) aos 88 anos, deixou um testamento que reflete sua profunda espiritualidade, humildade e devoção mariana. Datado de 29 de junho de 2022, o documento foi divulgado pelo Vaticano após sua morte.
No testamento, Francisco expressa o desejo de ser sepultado na Basílica Papal de Santa Maria Maior, em Roma, especificamente no nicho entre a Capela Paulina (Capela da Salus Populi Romani) e a Capela Sforza. Ele solicita que o túmulo seja no chão, simples, sem decoração especial e com uma única inscrição: “Franciscus”.
A escolha da Basílica de Santa Maria Maior está ligada à profunda devoção do Papa à Virgem Maria. Francisco frequentemente visitava este santuário mariano no início e no fim de cada viagem apostólica, confiando suas intenções à Mãe Imaculada e agradecendo por seu cuidado materno.