O mundo do cinema e da cultura perdeu, neste domingo (28), uma de suas figuras mais lendárias. A atriz e cantora francesa Brigitte Bardot morreu aos 91 anos em sua casa, localizada em Saint-Tropez, no sul da França. A notícia foi confirmada pela Fundação Brigitte Bardot, organização que ela fundou e presidiu para a proteção dos animais.
Trajetória e estrelato
Nascida em Paris, em 1934, Bardot tornou-se um ícone global nas décadas de 1950 e 1960. Com o filme “E Deus Criou a Mulher” (1956), ela quebrou tabus e transformou os padrões de sensualidade da época, tornando-se o rosto do cinema europeu e um símbolo de emancipação e liberdade feminina.
No auge da fama, em 1973, surpreendeu o mundo ao anunciar sua aposentadoria definitiva das telas, aos 39 anos. Desde então, retirou-se dos holofotes de Hollywood e Cannes para se dedicar integralmente ao ativismo.
Ativismo e controvérsias
As últimas décadas de sua vida foram marcadas por uma dedicação ferrenha à causa animal. Por meio de sua fundação, ela combateu o comércio de peles, a caça de baleias e o abate de focas, tornando-se uma das vozes mais potentes do setor.
Apesar de seu legado humanitário para os animais, Bardot viveu anos recentes cercada de polêmicas. Suas opiniões políticas e críticas ácidas à imigração e ao Islã na França resultaram em diversas condenações judiciais por incitação ao ódio, o que dividiu a opinião pública francesa em seus últimos anos.
Saúde e despedida
Em outubro de 2025, a atriz havia sido hospitalizada em Toulon para uma cirurgia de emergência devido a problemas de saúde classificados como “graves”. Embora tenha recebido alta pouco tempo depois, seu estado de saúde vinha sendo tratado com extrema discrição por familiares.
Brigitte Bardot deixa um legado imensurável para a sétima arte e para a proteção animal. Até o fechamento desta reportagem, as informações sobre o funeral e homenagens oficiais não haviam sido divulgadas pelo governo francês.





