Uma ocorrência iniciada por briga de casal na noite de ontem (26), por volta das 22h, na Rua Afonso, bairro São Cristóvão, em Três Barras, culminou em um incêndio que atingiu a mesma residência durante a madrugada deste domingo (27).
O caso, que envolveu vias de fato, lesão corporal leve dolosa e dano no contexto da Lei Maria da Penha, ganhou contornos ainda mais graves com a suspeita de incêndio criminoso.
A Polícia Militar foi acionada inicialmente para atender a um chamado de socorro em uma discussão entre um casal. No local, os policiais encontraram um homem e uma mulher com ânimos exaltados e ferimentos leves nos braços.
A situação se intensificou com a chegada da filha da mulher envolvida, que iniciou uma nova discussão com a mãe, evoluindo para agressão física. Diante da agressividade e falta de colaboração, a mulher foi contida com o uso de equipamento não letal e algemada. As crianças que estavam na residência foram entregues aos cuidados de um familiar.
Os envolvidos foram conduzidos à Delegacia de Polícia para as providências legais cabíveis.
Horas depois, por volta das 02h15min desta segunda-feira, a guarnição policial foi novamente acionada para o mesmo endereço, desta vez para prestar apoio ao Corpo de Bombeiros Militar no combate a um incêndio na residência.
As chamas já se encontravam em fase de crescimento, demandando a atuação conjunta das equipes de Canoinhas e Três Barras. Os bombeiros realizaram o ataque direto ao fogo e protegeram uma edificação vizinha, localizada muito próxima ao foco do incêndio.
O fogo consumiu aproximadamente 70% da residência. Uma cozinha de madeira e um banheiro e quarto de alvenaria, localizados nos fundos, foram totalmente destruídos pelas chamas.
A sala e um quarto foram parcialmente atingidos, enquanto dois quartos na parte frontal da casa foram preservados.

O morador, que estava presente no momento do incêndio, relatou à polícia que havia retornado da delegacia e adormeceu, sendo acordado pelo barulho de um estouro.
Ele conseguiu sair rapidamente da casa e retirar seu veículo da garagem. O homem suspeita que o incêndio tenha sido provocado intencionalmente por sua companheira, em decorrência dos desentendimentos ocorridos horas antes.
A área foi isolada para os trabalhos da perícia da Polícia Civil, que investigará as causas do incêndio, diante da forte suspeita de crime doloso.
O caso foi registrado como Vias de fato, Lesão corporal, Dano e incêndio (suspeita de Crime), no contexto da Lei Maria da Penha.