Duas pessoas morreram antes do duelo entre Colo-Colo e Fortaleza, pela Copa Libertadores, nos arredores do Estádio Monumental, em Santiago, no Chile, horas antes do jogo nesta quinta-feira (10).
Os dois feridos foram levados ao hospital; um deles morreu no local e o outro faleceu na emergência da clínica de saúde.
Segundo o portal chileno La Tercera, algumas pessoas tentaram invadir o estádio e, no meio da confusão, um carro da polícia teria atropelado os dois torcedores do time chileno.
Ainda de acordo com informações da imprensa chilena, as vítimas foram uma jovem de 18 anos e um menino, de 13. A morte dos torcedores gerou revolta dentro do estádio, e parte da torcida tentou invadir o gramado e arremessou objetos no gramado. A arbitragem paralisou o jogo por conta da confusão.
Pouco depois, Deyverson, que estava no banco, mostrou objetos arremessados pela torcida ao juiz logo no início do segundo tempo. Além disso, o vidro que separa a torcida do gramado foi quebrado. Isso ocorreu no segundo tempo, quando as equipes empatavam em 0 a 0.
Torcedores do Colo-Colo invadiram o gramado e o time do Fortaleza correu para o vestiário. Os jogadores do Colo-Colo tentaram conter os torcedores. A arbitragem também saiu do gramado. A partida foi cancelada.
Policial é afastado
O Ministro da Segurança Pública, Luis Cordero, informou que um policial que dirigia um veículo com gás lacrimogêneo foi acusado pelo incidente e afastado de suas funções.
O ministro informou ainda que a titular do Estádio Seguro, Pamela Venegas , apresentou sua renúncia após a morte dos jovens, ocorrida do lado de fora do estádio.
As vítimas fatais foram esmagadas por cercas que teriam sido derrubadas por torcedores que tentavam entrar no local do evento. A investigação do Ministério Público busca determinar se um canhão de água dos Carabineros (polícia ostensiva do Chile) passou por cima da cerca enquanto os jovens estavam embaixo dela.
“Naquele momento, havia um grande número de policiais presentes. De acordo com informações preliminares, esses indivíduos, juntamente com pelo menos outras 100 pessoas, tentaram derrubar as cercas para tentar entrar no Estádio Monumental. É nesse contexto pouco claro que o incidente está sendo verificado. Estamos trabalhando com todos os recursos técnicos disponíveis, incluindo as câmeras no local, para determinar como os eventos ocorreram. Estamos trabalhando com diversas operações policiais para determinar quem é o responsável e levar a pessoa apropriada à justiça neste caso” – disse Francisco Mores, promotor responsável pelo caso.
Cordero também indicou que o policial envolvido no incidente, o motorista do veículo com gás lacrimogêneo, é réu, conforme relatado anteriormente pelo Ministério Público.
“Com relação aos Carabineros, eles iniciaram a investigação correspondente para determinar as responsabilidades administrativas que podem ser apropriadas neste caso”, acrescentou Mores.