Santa Catarina deve alcançar uma safra recorde de banana em 2025, com estimativa de crescimento de 17,5% na produção, totalizando 768 mil toneladas. O aumento é impulsionado pela ampliação da área cultivada, que chegou a 28,4 mil hectares.
As variedades caturra e prata devem registrar altas de 18% e 15,2%, respectivamente, em relação à safra anterior.
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Apesar da previsão positiva, o setor enfrentou desafios climáticos importantes. Segundo o analista da Epagri/Cepa, Rogério Goulart Júnior, chuvas frequentes e uma geada em junho afetaram a qualidade dos cachos, obrigando muitos produtores a antecipar a colheita, o que influenciou negativamente o mercado.
Nos meses de maio e junho, o excesso de oferta resultou em forte queda nos preços pagos ao produtor: a banana-caturra teve desvalorização de 25,3%, enquanto a banana-prata recuou 16,4%, também pressionada pela concorrência com outras frutas da estação e pela menor demanda.
Para julho, a expectativa é de recuperação nos preços da caturra, devido à oferta reduzida provocada pelas baixas temperaturas. Já a banana-prata deve manter preços estáveis, favorecida por uma demanda mais equilibrada.
No cenário internacional, Santa Catarina se destacou como o maior exportador de bananas do país no primeiro semestre de 2025.
O estado foi responsável por 50% do volume exportado pelo Brasil, com 21,8 mil toneladas, gerando US$ 7,2 milhões em receita — um crescimento de 103% em relação ao mesmo período de 2024.
Os principais destinos da banana catarinense foram a Argentina, com 62% das exportações e US$ 4,5 milhões em faturamento, e o Uruguai, com 37,8% e receita de US$ 2,7 milhões.
A expectativa, segundo Goulart, é de queda sazonal na oferta no segundo semestre, mas com perspectivas de valorização nas exportações.
