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União Brasil sai em definitivo do Governo Lula: “Não nos intimidarão”, diz Executiva Nacional

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A decisão representa um passo definitivo no rompimento do partido com a base aliada do governo.

A Comissão Executiva Nacional do União Brasil determinou, em reunião na tarde desta quinta-feira (18), que todos os filiados do partido ocupando cargos comissionados no Governo Federal peçam exoneração imediata. Atualmente, no primeiro escalão do governo Lula, o União Brasil conta com o filiado Celso Sabino ocupando a chefia do Ministério do Turismo.

A medida estabelece um prazo de 24 horas para o desligamento, sob pena de ser considerada infidelidade partidária.

A resolução abrange todos os “cargos públicos de livre nomeação e exoneração e/ou funções de confiança” na Administração Pública Federal, o que inclui ministérios, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista. A decisão representa um passo definitivo no rompimento do partido com a base aliada do governo.

Em paralelo à decisão, a cúpula do partido, incluindo as lideranças da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e os quatro governadores da sigla — Ronaldo Caiado (Goiás), Wilson Lima (Amazonas), Mauro Mendes (Mato Grosso) e Coronel Marcos Rocha (Rondônia) — emitiu uma nota de apoio ao presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda.

O documento, assinado pelo vice-presidente do partido, ACM Neto, critica a divulgação de notícias que, segundo a nota, teriam o objetivo de desgastar a imagem de Rueda. O texto menciona uma reportagem do portal UOL e sugere uma conexão entre a publicação e a decisão do partido de afastar seus membros do governo.

“Causa profunda estranheza que inverdades venham a público justamente poucos dias após a determinação oficial de afastamento de filiados de cargos ocupados no Governo Federal”, afirma a nota.

“Tal ‘coincidência’ reforça a percepção de uso político da estrutura estatal visando desgastar a imagem da nossa principal liderança e, por consequência, enfraquecer o posicionamento de um partido que adotou posição contrária ao atual governo.”

A Executiva Nacional reforçou que a determinação de desligamento dos cargos foi aprovada por unanimidade e visa garantir a coesão e o alinhamento político da legenda. “O União Brasil seguirá atuando em sintonia com os anseios da sociedade brasileira e jamais se intimidará diante de tentativas de ataque a seus dirigentes”, conclui o comunicado.

A saída do governo vem após uma troca de críticas entre Rueda e Lula. O presidente do União Brasil chegou a dizer que a gestão do petista era “fraca” e afirmou que o mandatário precisava ligar para o presidente dos EUA, Donald Trump, para discutir as tarifas. O presidente respondeu e cobrou lealdade dos ministros durante uma reunião ministerial.

O União Brasil tem um pré-candidato à presidência em 2026. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, deve ser o nome da sigla na disputa. Rueda já havia dito em julho em entrevista que as chances de apoiar a reeleição de Lula no ano que vem eram “remotas”.

Rueda é acusado de ser dono de aviões ligados ao PCC

A Polícia Federal (PF) incluiu o nome do presidente do União Brasil, Antônio Rueda, nas investigações sobre a ligação entre a facção criminosa PCC e o setor financeiro.

O líder partidário foi citado como dono de aeronaves utilizadas no transporte de chefes do crime organizado.

Rueda se manifestou por meio das redes sociais, negando ser proprietário de aeronaves. Ele também afastou as acusações de que integra organizações criminosas e afirmou que elas têm motivação política.

“Estou sendo alvo de ilações irresponsáveis e sem fundamento. Não há qualquer lastro fático. O que há, sim, é um pano de fundo político nestas leviandades, que estão sendo orquestradas, usando-se uma operação policial séria, para atacar adversários. Estou tomando as medidas cabíveis,para a proteção do meu nome e reputação do partido que presido,contra campanhas difamatórias”, escreveu.

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