Com a chegada do frio nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, as quedas de temperatura podem ser acompanhadas pelo aumento no número de mortes por acidente vascular cerebral (AVC), principalmente entre a população com mais de 65 anos.
Segundo o Instituto Nacional de Cardiologia, estudos realizados em diferentes países mostram que, em comparação com as outras estações do ano, durante o inverno, o número de infartos cresce, em média, 30% e os de AVC, 20%.
Isso acontece porque o organismo faz de tudo para manter o calor interno do corpo ao redor de 36,1ºC. Assim, quando as terminações nervosas da pele se ressentem com o frio, estimulam a produção de um tipo de catecolamina, substância que, entre outras funções, acelera o metabolismo para evitar a perda de calor, como forma de proteger o funcionamento de órgãos vitais internos.
Esse mecanismo faz com que as paredes dos vasos sanguíneos que irrigam a pele se contraiam (prova disso é que mãos, pés, nariz e orelhas esfriam), e o coração precisa fazer mais força para bombear o sangue.
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| A incidência de AVC associado a quedas na temperatura média é maior entre as mulheres. |
O acidente vascular cerebral é uma séria condição médica que ocorre quando o suprimento de sangue que vai para o cérebro é rompido. Há dois subtipos de AVC, o isquêmico e o hemorrágico.
Os fatores de risco para a ocorrência do AVC isquêmico são idade (mais frequente quanto maior a idade), tabagismo, hipertensão arterial, obesidade, alto nível de colesterol, histórico familiar de doenças cardíacas ou diabetes e alcoolismo.
A forma mais grave de AVC é o hemorrágico (10% a 15% dos casos), também conhecido como derrame. Ocorre quando um vaso sanguíneo rompe dentro do cérebro, causando hemorragia e o inchaço na região cerebral onde houve o sangramento, o que prejudica e degenera o tecido nervoso, causando nos casos leves sequelas irreversíveis, e nos casos mais graves o óbito.




