Na última semana de agosto, em quatro sessões de Tribunal do Júri em comarcas do oeste catarinense, foram julgados crimes que envolveram futilidades, amigos, família e ódio, de acordo com o Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Em todos os casos, os réus, que já estavam presos, foram condenados.
Crime sob a iluminação natalina em Pinhalzinho
Na comarca de Pinhalzinho, o acusado respondeu por homicídio ocorrido na Praça Central do município de Nova Erechim, no dia 2 de dezembro de 2018, durante inauguração da iluminação natalina.
De acordo com a denúncia, ele desferiu um golpe com instrumento cortante, não apreendido, no pescoço da vítima que foi surpreendida pelas costas. O atingido ficou tetraplégico.
Dez meses depois, a vítima faleceu por complicações oriundas da tetraplegia. O crime foi motivado por danos registrados na motocicleta do agressor, três meses antes do ocorrido, por ele imputados à vítima.
O réu foi condenado por homicídio privilegiado a cinco anos de prisão, em regime aberto, em decorrência da aplicação de detração relativa ao tempo de prisão provisória no processo (cerca de dois anos e oito meses).
Bebedeira tem fim trágico com assassinato entre amigos
Em júri na comarca de Chapecó, o réu recebeu pena de 18 anos e oito meses de reclusão, por homicídio, em regime fechado. Os jurados admitiram a qualificadora de motivo fútil.
O crime ocorreu em 24 de março de 2019, no bairro Jardim América, por volta de 19h. Acusado e vítima, bem como suas respectivas famílias, passaram o dia juntos e na hora de ir para casa, o réu estava sob efeito de bebida alcoólica.
A vítima aconselhou o amigo a passar a noite em sua casa, já que a família era de outro município.
O acusado não levou em consideração o convite e arrancou com o veículo bruscamente. Mais uma vez a vítima chamou a atenção sobre o estado de embriaguez do motorista.
O réu parou o veículo e dele saiu com uma faca para desferir cinco golpes na vítima, que foi a óbito. O agressor fugiu com a família em direção a Maravilha, mas foi preso em Pinhalzinho.
Pai tentou matar filho que foi defender a mãe de agressões
Na comarca de São Miguel do Oeste, a sessão tratou de mais um caso de violência doméstica ocorrido no município. réu tentou matar o filho por este defender a mãe das agressões do acusado.
A vítima teve o pulmão esquerdo perfurado. O acusado foi sentenciado a um ano, 10 meses e seis dias de reclusão, em regime aberto.
O crime aconteceu no dia 22 de março de 2020. Segundo a denúncia, inconformado com a separação, o acusado foi até a casa da ex-companheira. Após agressões físicas, tentou jogar a mulher pela janela.
A discussão ocorreu no segundo andar da residência. O filho maior do casal interviu e tentou expulsar o homem da casa. Foi quando o agressor desferiu um golpe de faca, do tipo utilizada em frigoríficos com dois fios, no lado esquerdo do tórax da vítima. O processo tramita em segredo de justiça.
Pai e filho são condenados por crimes com 31 facadas
Na comarca de Xanxerê, pai e filho foram os acusados de tirar a vida da ex-companheira do rapaz, e também pela tentativa de homicídio de outras duas pessoas.
Por volta de 8h25 do dia 30 de agosto de 2020, a mãe do acusado foi até a casa da vítima para buscar a neta. De acordo com o apurado durante o processo, quando a mulher abriu a porta, o réu (filho) entrou na residência e iniciou a agressão.
A vítima foi atingida por oito golpes de faca que causaram a morte. O irmão dela tentou intervir e também foi atingido, pelo réu e seu pai, com 14 facadas.
A companheira desta segunda vítima quis defender os feridos, mas também foi golpeada por nove vezes. O irmão e a cunhada foram socorridos e se recuperam das agressões.
O filho foi condenado a 25 anos e quatro meses, em regime fechado. O pai teve a sentença de dois anos de reclusão, em regime aberto. Para ele, os jurados desclassificaram os crimes de tentativa de homicídio para lesão corporal.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA
			


























