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Vereadores lutam pela volta do Hemosc à Canoinhas

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Unidade de coleta de sangue em Canoinhas foi fechada em 2017.

A unidade de coleta de sangue do Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemosc) de Canoinhas foi fechada em janeiro de 2017, no início do primeiro mandato do prefeito Beto Passos.

Um ano após o fechamento da unidade, a reabertura do Hemosc foi prometida no fim de uma audiência pública pelo então deputado Antonio Aguiar, porém nada de concreto aconteceu.

Ao longo destes quase 5 anos, foram inúmeras as tentativas de vereadores para que o estado reabrisse o Centro de Doação de Sangue no município. Todas foram infrutíferas.

Na ocasião do fechamento da unidade em Canoinhas, por meio de nota, o Hemosc informou que o aproveitamento das bolsas de sangue não era satisfatório e que a unidade tinha capacidade para recolher 720 coletas por mês, mas em nenhum momento chegou a essa quantidade desde a inauguração, em janeiro de 2009.

Com isso, o serviço não valia a pena do ponto de vista do custo-benefício.

Em junho deste ano,  a deputada Paulinha defendeu na ALESC a reabertura da unidade. Ela lembrou que na época, a direção do Hemosc alegou que tinha baixo volume de doações. “Mas ficou provado que aquela unidade [de Canoinhas] tinha o maior volume de doação do Estado”.

Em 2018, Silmar Luiz Golanovski, presidente da Associação dos Doadores de Sangue da Região de Canoinhas (Adosarec), disse que o fechamento do Hemosc foi um duro golpe a Canoinhas, reconhecida como capital dos doadores de sangue. Seu pai, Orestes Golanovski (in memoriam), foi o maior doador de sangue do mundo, reconhecido pelo Guiness Book.

De acordo com Silmar, Canoinhas não teve a chance de tentar otimizar as doações de sangue, já que em oito anos de funcionamento do Hemosc na cidade, a diretoria de Florianópolis jamais enviou relatórios que ilustrassem a quantidade necessária, apesar de o documento ter sido solicitado por diversas vezes.

Além disso, a notificação do encerramento das atividades chegou repentinamente, “pegando todos de surpresa”.

Atualmente, a causa foi abraçada por vereadores canoinhenses, conhecidos como “o quarteto”, que prometem não medir esforços para que a unidade reabra no município, beneficiando toda a região:

“Somos a capital catarinense dos doadores de sangue. Aqui em Canoinhas está a Adosarec, associação símbolo na busca de doadores. A reabertura do Hemosc é urgente, não podemos mais esperar, essa é a nossa
luta, é a luta do quarteto”, foi o comentário da vereadora Juliana Maciel (PSDB), que esteve reunida com o secretário de Saúde do estado, André Mota, e com a deputada estadual Paulinha na segunda-feira (9), tratando justamente da reabertura do Hemosc em Canoinhas.

O quarteto, comentado pela vereadora, são os 4 vereadores, Tati Carvalho (MDB), Zenilda Lemos (MDB), Marcos Homer (Podemos), e a própria Juliana.

Vereadora Juliana Maciel com a deputada Paulinha e o Secretário da Saúde de Santa Catarina, André Mota. Foto: Divulgação

“Essa é uma dívida que o estado tem com Canoinhas. A população pode ter certeza que iremos fazer o possível para trazermos o Hemosc novamente para nossa cidade”, reafirmou o vereador Marcos Homer.

Mesmo sem o Hemosc, a Adosarec de Canoinhas, enfrentando dificuldades, segue na batalha e tem realizado diversas viagens levando doadores. Afinal, a doação de sangue, além de salvar vidas, é um ato de amor!

“Estamos firmes nessa batalha e só iremos descansar após termos nosso Hemosc novamente em Canoinhas”, concluiu a vereadora Zenilda Lemos.

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