Alguns postos de combustíveis de Joinville, Balneário Barra do Sul, São Francisco do Sul e São Bento do Sul ficaram sem gasolina nesta quarta-feira (8).
Em nota, a Federação das Empresas de Transporte de Carga e Logística no Estado de Santa Catarina (Fetrancesc) se mostrou contra o bloqueio que está sendo feito por caminhoneiros em rodovias federais de SC (veja nota no fim da matéria).
De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro), o principal problema está na base em Guaramirim, uma das principais unidades para a distribuição de combustíveis aos municípios que ficam na região Norte. No local, manifestantes não estão permitindo a saída de caminhões.
Já na saída desse terminal é a rodovia que está paralisada. Como esses caminhões estão parados, alguns postos não conseguiram reabastecer o estoque e, por isso, há essa falta de combustíveis — explica a gerente do SIndipetro, Pamela Alessandra Bento.
Além do desabastecimento, alguns postos registram filas nesta quarta-feira (8). Há registro em Canoinhas, Papanduva e Porto União. Temerosos que falte combustível, motoristas correram para garantir o abastecimento, ato que pode contribuir para que realmente haja falta momentânea nas bombas.
SINDICATOS NEGAM DESABASTECIMENTO
O Sindicato dos Trabalhadores nas empresas revendedoras de combustíveis e derivados de petróleo de Chapecó e do Oeste, Meio Oeste e Planalto Norte de Santa Catarina (Sitercomoc) afirmou que não há falta de combustível nos postos da região.
O Sindicato do Comécio Varejista de Derivados de Petróleo do Litoral Catarinense e Região (Sincombustíveis) disse que não há registro de desabastecimento nos postos e que não há bloqueio nas bases que impeçam a saída dos veículos de transporte de combustíveis.
Até a tarde desta quarta-feira, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), havia 16 pontos de bloqueio em quatro rodovias catarinenses: BR-101, BR-280, BR-116 e BR-470. Por conta disso, o Sistema Fetrancesc emitiu uma nota repudiando a paralisação dos caminhoneiros.
No comunicado, a entidade alega que “enaltece o direito à livre manifestação”, mas que tais atos impedem o tráfego de caminhões responsáveis pelo abastacimento de insumos básicos, como alimentos e combustíveis.
Por fim, a Fetrancesc alega que tal atitude vai contra a constituição e que as empresas do Transporte Rodoviário de Cargas de Santa Catarina “não integram quaisquer movimentos de bloqueios de rodovias e pretendem manter suas atividades normalmente”.