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Entidades confirmam greve nacional dos caminhoneiros dia 1º de novembro

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Paralisação está confirmada se o governo federal não atender a pauta do setor.

Em nota conjunta, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), o Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores  (ABRAVA), entidades que representam 855 mil caminhoneiros autônomos e celetistas no país, informam que a mobilização dos caminhoneiros, que estão em estado de greve, segue forte em todo o país.

Caminhoneiros que transportam combustíveis pararam em pelo menos dois estados em protesto pelo preço do diesel. Imagem de caminhões base de combustíveis parados em posto da via Dutra, no Rio de Janeiro, na sexta-feira,25.

A greve atinge companhias na região sudeste, segundo informações noticiadas pela imprensa. Os transportadores reclamam do aumento abusivo do ICMS que impacta nos custos e na alta nos preços dos combustíveis.

Eles reivindicam a redução dos preços do diesel, gás de cozinha, gasolina e outros derivados do petróleo.

CNTTL também criticou o valor de R$ 400 mensais do auxílio diesel prometido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciado na quinta-feira (21).

“O caminhoneiro não quer esmola, quer dignidade. Para as petroleiras (dão) um trilhão, para o caminhoneiro humilhação”, disse o diretor da CNTTL, Carlos Alberto Litti Dahmer.

Neste domingo (24), Bolsonaro afirmou que o governo não vai interferir na política de preços da Petrobras.

Indignação dos caminhoneiros

Grupos de caminhoneiros autônomos também informaram que estão cansados dos aumentos de preços por parte da Petrobras.

Em vídeo enviado à CNTTL, um caminhoneiro autônomo de Cuiabá explica que atualmente gasta 3 mil litros de óleo diesel por mês, pagando R$ 5,10 o litro. Ele explica que gasta mais de R$ 15 mil reais por mês de combustível e com novos aumentos do diesel o valor poderá subir para R$ 17 mil.

“Nada justifica um país rico em petróleo. Queremos a mudança da política de preços da Petrobras. Bolsonaro taca esse auxílio na latrina”, disse o caminhoneiro de Cuiabá. 

GREVE GERAL

A categoria aprovou paralisação no dia 1º de novembro, caso o Governo Federal não atenda a pauta do setor. Essa decisão foi aprovada pela categoria em Encontro nacional realizado no úlimo dia 16, no Rio de Janeiro.

Os caminhoneiros exigem que o Governo Federal faça uma revisão da política de preços da Petrobras, para que seja cobrado um preço que os caminhoneiros brasileiros possam pagar o óleo diesel, além de atualizar a tabela de Piso Mínimo de Frete, ante ao gatilho do aumento do diesel que já ultrapassa o determinado em lei.

Ainda em relação ao Piso Mínimo de Frete, os caminhoneiros cobram que a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) contrate um instituto para realizar estudos e cálculos para reajustar o valor. 

Os caminhoneiros também exigem reformas no poder legislativo: a aprovação do Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas e o retorno da aposentadoria especial após 25 anos de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


Assinam a nota:

  • Carlos Alberto Litti Dahmer, Diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística)
  • Wallace Landim (Chorão) – Presidente da   ABRAVA (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores)
  • Plínio Dias, Presidente do CNTRC (Conselho Nacional dos Transportadores Rodoviários de Cargas)
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