Depois de quase 14 horas de julgamento e muita emoção em Tubarão, o Tribunal do júri condenou o último dos denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina pela morte de uma menina de cinco anos.
O crime foi motivado por vingança e disputa pelo tráfico, e o réu, Cleiton Stanck Silveira, foi condenado a 49 anos e dois meses de prisão, na última quinta-feira (24).
Na foto principal, o Promotor de Justiça Diego Henrique Siqueira Ferreira sustenta aos jurados a condenação do réu pelo homicídio da criança e por três tentativas de homicídio praticadas contra um adolescente e duas mulheres que estavam no carro alvejado durante o atentado.
O Crime
A morte da menina causou revolta na opinião pública de Tubarão, à época, pois os acusados alvejaram o veículo onde estava o adolescente que pretendiam matar sabendo que havia outras pessoas com ele no veículo, inclusive a criança, que era filha de uma das passageiras e do suposto chefe do grupo rival, que não estava com as vítimas.
Cleiton planejou a morte do adolescente e a emboscada para cometer o crime motivado pela vingança. Para atrair a vítima, ele teria persuadido outra adolescente a criar um perfil falso em uma rede social se passando por uma garota que estaria interessada na vítima.
O adolescente seria morto para que Cleiton demonstrasse poder e se vingasse pela morte de outro integrante de seu grupo que teria sido assassinado pela facção rival, comandada pelo pai da menina.
O adolescente acreditou que a garota era real e marcou um encontro com ela. A emboscada estava correndo como Cleiton e o seu grupo teriam planejado.
No local do encontro, porém, o adolescente chegou acompanhado. Mesmo assim, os autores da armadilha não recuaram e, segundo as apurações, ainda teriam decidido que seguiriam com o plano e matariam os demais ocupantes do carro.
O veículo foi alvejado pelo menos sete vezes. O adolescente foi atingido por dois tiros, mas sobreviveu. A menina foi atingida também por dois disparos, mas um dos projéteis acertou a sua cabeça e ela não resistiu aos ferimentos.