*Matéria atualizada em 5 de junho
De acordo com Informe do Corpo de Bombeiros Militar, acerca das buscas pelo menino Ítalo em Rio Negrinho, a criança segue desaparecida.
Durante toda a semana foram realizadas empreitadas nas áreas de vegetação no entorno do local do desaparecimento, onde foram empenhados mais de 10 bombeiros. Todos os locais foram conferidos e reconferidos, bem como poços, valas, etc, sem êxito em encontrá-lo.
De acordo com o CBMSC, As buscas têm foco no rio porque não há indicativo de que o menino tenha seguido sozinho ou sido levado para outra área do terreno, que é monitorada por câmeras.
O QUE SE SABE SOBRE O DESAPARECIMENTO
Desde o último domingo (29), data do desaparecimento de Ítalo Jorli Costa Gonçalves, de 5 anos, o frio e a chuva não têm dado trégua no Planalto Norte, onde as temperaturas chegam na casa dos 0°C durante a madrugada.
Uma semana depois, o cenário pouco mudou e o mistério relacionado ao sumiço continua. Um par de chinelos encontrado às margens de um rio era, até então, a única pista que se tinha do garoto, mas também virou objeto incerteza, já que a mãe, Luciene Costa Araújo, de 25 anos, não se recorda se o item foi deixado por ela ou se estava sendo utilizado pelo filho.
De acordo com o Corpo de Bombeiros foi conversado com moradores, bem como feita uma verificação de imagens de uma câmera de vigilância instalada em uma residência, que registraram todas as movimentações na entrada da rua, que não possui outra saída. O menino não foi visto saindo da casa.
Um agente da Polícia Civil acompanhou a verificação das imagens, e nenhum indício ou suspeita de crime foi constatada.
O delegado Rubens Almeida Passos de Freitas conta que a polícia recebeu informações de que Ítalo poderia ter sido visto em outros locais, no entanto, não se confirmaram. “Nenhuma delas bateu. Nós vimos e analisamos imagens. Analisamos se alguém estranho ou algum veículo passou por lá, mas nada foi visto”, conta.
A câmera de segurança de uma moradora local registrou Ítalo correndo na rua e, até onde as imagens podem alcançar, ele está na companhia de um cachorro preto.
Depois dali, a mãe diz que o garoto voltou pra dentro de casa e deitou-se na cama com ela, que deu o celular pra ele assistir desenho e acabou pegando no sono. Anteriomente, no dia do desaparecimento, a mãe disse aos policiais que almoçaram, (ela e o filho) por volta das 11h, e logo em seguida notou a ausência da criança. A Polícia Militar e os Bombeiros foram acionados por volta do meio-dia.
Em entrevista à reportagem do Diário Catarinense, Luciene disse que dormiu. “Quando me dei conta, chamei por ele. E sempre que eu chamo “Ítalo”, ele já aparece e vem correndo, mas desta vez não foi assim. Eu chamei, chamei por ele, e nada. Não tem como explicar o que estou sentindo. São sentimentos muito ruins”, relatou.
Assim que o menino não respondeu ao chamado, a mãe correu pela casa toda, procurou o filho com os vizinhos e, em uma medida desesperada, até pulou dentro do rio que fica a 100 metros de casa para encontrá-lo.
“Moramos há tempo aqui, e ele nunca foi pra perto do rio, mas pensei na possibilidade que ele tivesse caído lá dentro. Na minha cabeça, meu filho não está na água. Estou tomando calmante pra ter forças, porque eu sei que ele vai aparecer, então eu preciso estar bem”.
Desde o final da manhã do último domingo, policiais militares e civis, bombeiros, vizinhos e até a imprensa local refazem a trilha em que o garoto foi visto pela última vez por meio de câmeras de segurança.
Tatiane Marega, presidente da Apae do município, também é voluntária nas buscas e diz que, conforme o último laudo da criança, ele tem deficiência intelectual moderada com anomalia cromossômica, anomalia genética que, entre outros sintomas, desenvolve características autistas.
Para ela, o que tem vivido nos últimos dias se assemelha a cenas de filme.
Maicon Vieira, amigo da família, diz que a comunidade tem enfrentado o frio, a chuva e a madrugada mata a dentro à procura por Ítalo. A população, que se reforça na fé, mantém a esperança de encontrar o menino saudável.