Uma condenação permeada por uma história de horror: um homem foi condenado esta semana a 34 anos de prisão por dois homicídios duplamente qualificados e corrupção de menores. As vítimas foram mortas em um intervalo de três dias.
Rafael Fachner, 23 anos, foi assassinado por envolvimento no tráfico de drogas. Pâmela Silva, de 26 anos, esposa dele, morreu porque estava ajudando a polícia a desvendar o homicídio do marido. Os crimes ocorreram nos dias 5 e 8 de outubro de 2021, em Rio do Sul, no Alto Vale do Itajaí.
A história toma contornos de horror porque, segundo a Polícia Civil de Rio do Sul, Rafael Fachner, cinco meses antes de ser assassinado, teria cometido um crime chocante.
Ele e um adolescente, de 17 anos, seriam os responsáveis por matar e esquartejar o jovem Renan Kalbush, de 21 anos. Ambos eram amigos próximos e tinham brigado por desavença envolvendo o comércio de drogas, segundo as investigações.
A cabeça e outras partes do corpo de Renan foram encontradas pelo próprio pai dentro de uma mala que estava boiando em um rio.

Os restos mortais só puderam ser enterrados cerca de quatro meses depois, quando um exame de DNA confirmou oficialmente se tratar Kalbush.
As investigações apontaram que vítima e assassino praticavam rituais juntos e que, em certa oportunidade, Rafael teria dito que Renan precisava morrer para ele ter prosperidade. Ainda conforme a polícia, a dupla (Rafael e o adolescente) tentou matar Renan em ao menos outras duas oportunidades antes de concretizar o crime.
CONDENAÇÃO
De acordo com a denúncia do Ministério Público, no dia do primeiro crime, o réu saiu de Pouso Redondo (SC), e juntamente com um adolescente, invadiu a residência de Rafael Fachner e o atingiu com ao menos sete disparos de arma de fogo.
Pâmela da Silva Ferreira, companheira de Rafael, havia começado a investigar os fatos em auxílio à Divisão de Investigação Criminal (DIC) da Polícia Civil, em Rio do Sul, e três dias após a morte de Rafael, foi surpreendida ao chegar em casa com pelo menos quatro disparos de arma de fogo, executados pelo mesmo réu.
Novamente, o condenado contou com o auxílio do adolescente, no intuito de que prejudicassem a investigação, garantindo a impunidade pelo crime anterior. O réu, preso preventivamente desde o crime, não poderá recorrer em liberdade. A idade e o nome do condenado não foi divulgado pela Justiça.




