Em processos que tramitam em segredo de justiça na 2ª Vara Criminal da comarca de Joinville, o juiz Felippi Ambrósio julgou ações envolvendo 31 pessoas entre advogados, agentes públicos e internos do sistema prisional, operação batizada de “Sob Encomenda”.
Nas sentenças, com mais de 500 páginas, os réus foram condenados a penas que variam entre 4 e 38 anos de prisão, a serem cumpridas em regime fechado e semiaberto, a maioria sem direito a recorrer em liberdade. Somadas, as reprimendas ultrapassam os 350 anos de reclusão.
Dentre os advogados investigados, foram condenados até o momento:
- Albani Bergamini (nove anos, dois meses e 15 dias de reclusão),
- Samuel Cunha (4 anos de reclusão),
- Natali Cardoso de Lima (21 anos, nove meses e três dias de reclusão),
- Márcio Jean Guelere (21 anos, dois meses e 24 dias de reclusão),
- Diogo Tomé Cardoso Ramos (13 anos, sete meses e 10 dias de reclusão),
- José Carlos Cabral (quatro anos e seis meses de reclusão),
- Fabiano Cabreira Goudinho (48 anos e oito meses de reclusão)
- Pâmela Cristina do Nascimento (12 anos, cinco meses e 10 dias de reclusão).
O servidor público Lincoln Roberto Rafaelli recebeu a pena de 15 anos, seis meses e 12 dias de reclusão.
A investigação iniciou em 2020 e revelou como funcionava a entrada de drogas e celulares nos presídios de Santa Catarina.
Em pouco mais de um ano da deflagração da operação, foram oferecidas até o momento 12 denúncias que envolvem 49 pessoas, sendo que sete processos já foram julgados e outros quatro tiveram a instrução concluída.
Os réus foram julgados em primeira instância pela prática dos crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e inserção de telefones celulares em estabelecimentos prisionais.