A ministra Cármen Lúcia, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), mandou excluir um vídeo, transmitido no Instagram e YouTube, em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) associa a morte de um petista ao candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
Um bolsonarista matou um apoiador de Lula após discussão sobre política na área rural da cidade de Confresa (MT), a 1.160 quilômetros de Cuiabá, no dia 7 de setembro. O pedido à Corte Eleitoral foi protocolado pela coligação que apoia a candidatura de Bolsonaro. Eles alegam que Lula atribuiu “ao candidato contra quem disputa a Presidência da República a responsabilidade por um assassinato e lhe confere, novamente, o adjetivo ‘genocida”.
A declaração ocorreu em evento de campanha em Taboão da Serra (SP), no dia 10 de setembro. “Vocês viram ontem a notícia de que morreu mais um companheiro do PT, que foi assassinado numa cidade do Mato Grosso, mas ele, na verdade, morava numa cidade chamada Santana do Araguaia (…) O PT tem obrigação de saber todas as coisas pra ajudar esta família que foi vítima do genocida chamado Bolsonaro“, disse Lula na ocasião.
Para Cármen Lúcia, a declaração do petista não tem “demonstração de veracidade do que foi afirmado” e é uma “ofensa à imagem do candidato” Bolsonaro.
A remoção deve ser realizada, determinou Cármen, pelo Instagram e YouTube em até 24 horas. A Corte Eleitoral deve ser informada, em até 48 horas, sobre as providências tomadas sob pena de fixação de multa e outras medidas. Lula deve apresentar defesa em até dois dias. Também foi exigido que um representante do MPE (Ministério Público Eleitoral) seja intimado para se manifestar em até um dia.