A 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), confirmou esta semana, a condenação de José Thiago Soroka pelo crime de latrocínio.
Por matar o professor universitário Robson Pain, de 36 anos, durante um suposto encontro amoroso e roubar veículo, notebooks, câmera fotográfica, relógio e telefone celular, o acusado foi sentenciado à pena de 30 anos de reclusão em regime fechado, em Abelardo Luz, cidade no Extremo Oeste catarinense.
Segundo a denúncia do Ministério Público, José Thiago Soroka usava sites de relacionamento para atrair as vítimas e, em abril de 2021, publicou que daria uma corrida em uma região da cidade.
Foi quando o professor apareceu no local e trocou contato telefônico com o acusado. Após uma semana de troca de mensagens, a vítima convidou o réu para ir até sua residência. Neste local, o professor universitário foi estrangulado até a morte. O acusado roubou o veículo da vítima e vários objetos antes de fugir em direção ao Paraná.
Na delegacia de polícia, o homem confessou o crime e revelou ter lucrado mais de R$ 5 mil com a venda dos objetos roubados.
Em juízo, alegou que não se lembrava de ter pego algo e que apenas levou o automóvel para fugir, contudo, diante das provas, o magistrado William Borges dos Reis aplicou a sentença de 30 anos de prisão.
Na Justiça paranaense, Soroka tem condenações que passam dos 100 anos de prisão pelos crimes de roubo, extorsão e latrocínio.
Condenações no Paraná
José Tiago Correia Soroka foi condenado a 104 anos, quatro meses e seis dias de prisão por latrocínio, roubo agravado, extorsão e homofobia. A decisão, proferida em julho deste ano, é da juíza Cristine Lopes, da 12ª Vara Criminal de Curitiba.
Soroka está preso desde 29 de maio do ano passado. À época, a polícia informou que ele confessou três crimes dos quais ele era suspeito, mas ainda investigava se ele havia cometido outros assassinatos. Os policiais conseguiram chegar até Soroka a partir de uma vítima que sobreviveu.
Investigação
As investigações apontaram que o suspeito usava aplicativos de encontros para ir até a casa das vítimas. Durante o encontro, ele estrangulava os homens e deixava o local levando pertences deles.
De acordo com as informações prestadas por Soroka, a polícia estima que possam haver entre 10 e 20 pessoas possam ter sido vítimas de roubos. Os elementos do interrogatório demonstram que os crimes possuíam também motivação por ódio, e que o suspeito pretendia fazer uma vítima por semana.
Segundo a polícia, ele disse que sempre agia do mesmo modo. Se a vítima reagisse, relutasse, ele a esganava até a morte. Ainda conforme a polícia, o suspeito disse que usava o dinheiro da venda dos pertences das vítimas para comprar drogas, e que buscava mudar de local na tentativa de fugir da polícia.
Soroka
Segundo a polícia, José Tiago é de Palmas, no sul do Paraná, e passou a infância em Abelardo Luz, em Santa Catarina, onde matou um rapaz.
Antes de ser preso, em maio de 2021, ele estava morando em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele havia saído do emprego que trabalhava em março, conforme a polícia.
José Tiago tem dois filhos menores (de 4 e 7 anos). Ele já tinha passagem por roubo, em 2015 e 2019, e também uma medida protetiva por uma ex-namorada.



