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Manifestantes invadem sede da Polícia Federal em Brasília

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As imediações do hotel em que Lula está hospedado teve vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal.

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AGÊNCIA BRASIL — Após a prisão do indígena José Acácio Serere Xavante, decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, manifestantes invadiram a sede da Polícia Federal em Brasília e iniciaram um protesto, por volta das 22h desta segunda-feira (12), segundo informou a assessoria de imprensa da Polícia Militar. 

Segundo a PM, com integrantes vestidos com camiseta da Seleção Brasileira, o grupo danificou dezenas de carros que estavam estacionados nos arredores do prédio da corporação. Alguns, inclusive, chegaram a ser incendiados. Os manifestantes também atearam fogo em pelo menos quatro ônibus.

Inicialmente a invasão na PF foi controlada por unidades da Polícia Militar que estavam no local, mas o protesto cresceu e até por volta das 23h20 não tinha terminado.

Ônibus incendiado em Brasília na noite desta segunda-feira (12). Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Para tentar impedir a depredação, policiais reagiram disparando tiros de balas de borracha e lançando bombas de efeito moral.

A assessoria informou que, além das unidades locais, foram acionadas as equipes táticas, o Batalhão de Choque e a equipe de operações especiais para controlar a situação.

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informou, por meio de nota, que as forças de segurança reforçaram a atuação em toda área central de Brasília “para controle de distúrbios civis, do trânsito e  de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central.” A recomendação é que os motoristas evitem o centro da cidade. 

“Destacamos, por fim, que as imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal”, informou a secretaria.

Prisão

O STF divulgou que José Acácio Serere Xavante é acusado de “condutas ilícitas em atos antidemocráticos”. A prisão foi solicitada ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pública. 

Conforme a decisão,  o cacique Serere, como é conhecido, teria realizado nos últimos dias “manifestações de cunho antidemocrático” em frente do Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, em um shopping de Brasília e em frente ao hotel onde o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, está hospedado em Brasília. 

Para a PGR, o cacique “vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas” para cometer crimes, como ameaças de agressão contra Lula e ministros do STF. 

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