Além de atuar na repressão contra o crime, as delegacias do país estão cada vez mais ‘contratando’ novos funcionários, na maioria dos casos, vítimas de abandono ou maus tratos. Eles não combatem o crime, porém contribuem para desestressar o ambiente de trabalho e até ajudam vítimas que chegam no local a procura de ajuda.
Carinhosos, espertos e cativantes, os gatos estão marcando presença. Em Santa Catarina, no município de Saudades, a delegacia de Polícia Civil adotou um gato abandonado para mostrar que o cuidado com os animais também é importante, assim como com as pessoas.
Batizado de Fritz, há cerca de três anos o bichano chegou no local e de lá não saiu mais. O que era para ser um lar temporário, virou a nova casa dele. Alguns funcionários relataram que já houve casos que mulheres chegaram chorando à delegacia, mas se acalmaram após interagir com o gato.
No Rio de Janeiro, o Delegado de Polícia Civil do Estado, Marcelo Carregosa, apresentou o ‘Glorioso’, assumindo o plantão. “Glorioso é o mascote da Delegacia, um dos funcionários mais antigos em atividade na unidade“, diz Carregosa.

Em Paranavaí, no Paraná, é o “Magrelo’, que desde 2019, participa dos plantões da delegacia. No início daquele ano, uma gata e dois filhotes bem ariscos e magros, apareceram na Delegacia de Polícia da cidade.
A mãe gata e um dos filhotes passaram algum tempo por lá e depois desapareceram, ficando apenas uns dos gatinhos, o Magrelo. Com olhos verdes e pelagem preta e branca, o felino foi se aproximando e conquistou os funcionários da delegacia.

Já a Polícia Civil de Americana, em São Paulo, adotou o ‘Bartolomeu’ em março deste ano. O bichano, que antes vivia nas ruas, foi acolhido pelos policiais e agora é chefe da fictícia ‘Delegacia de Proteção Animal’.
Quem procura atendimento na Delegacia é surpreendido pelo jeito sorrateiro e cheio de charme do agente de quatro patas.

Não é só no Brasil que os ‘mascotes’ são famosos. “Este é Martin, e ele está de serviço!”, diz uma postagem de uma delegacia de polícia de Nova York.
Os policiais do Brooklyn encontraram um gatinho órfão, abandonado próximo de sua delegacia de polícia, e convenceram seu chefe a adotá-lo como animal de estimação coletivo, mascote da delegacia e impulsionador da moral dos policiais.

Martin, o gato malhado, está muito bem com sua vida nova e confortável vida de policial, na delegacia de Coney Island, onde passa seus dias caçando ratos, comendo restos de sanduíche de peru e repousando, hora sobre a mesa de um, hora sobre a mesa de outro.
“Ele definitivamente levantou espíritos. Não há uma pessoa aqui, policial ou civil, que não adore este gato“, disse o Inspetor-Adjunto William Taylor.















