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O Complexo Penitenciário do Estado (Cope) de São Pedro de Alcântara, na Grande Florianópolis, conta com uma inusitada medida de segurança: um bando de gansos que monitoram a unidade 24 horas por dia.
Os animais, que vivem em um açude ao redor do complexo, são treinados para alertar a equipe de vigilância caso algum detento tente fugir. Segundo a Secretaria de Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), os gansos são mais eficientes do que os cães que habitavam o local anteriormente.
“Os gansos têm um comportamento sentinela, o que significa que são muito observadores e ficam atentos a qualquer movimentação suspeita”, explicou a SAP. “Além disso, eles são muito resistentes e se adaptam bem a diferentes ambientes.”
Os gansos recebem atendimento e alimentação apropriados na unidade, que tem cerca de 1,3 mil detentos. O número de animais que estão abrigados no local não foi divulgado.
A SAP destaca que os gansos são usados como complemento à segurança do estabelecimento prisional, que também conta com um avançado sistema de vigilância eletrônica.
Guilherme Renzo Rocha Brito, professor do departamento de zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina, explica que a opção pelos gansos é em função do animal ter como comportamento emitir sons ao menor sinal de perturbação.
“Essas variedades são domesticadas há milhares de anos, se dão bem com humanos e podem ficar sociáveis, mas tendem a defender territórios e pessoas conhecidas de estranhos. São conhecidos por avançar, bicar e dar asadas em invasores e desconhecidos. São fortes, mas não causam machucados muito graves, mas podem desestimular invasores”, reiterou.



























