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Barco encontrado com corpos em decomposição chega a terra firme

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Ainda não há um número exato de corpos que estão no barco, mas estima-se que seja em torno de 20.

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barco encontrado à deriva com corpos no litoral paraense neste fim de semana foi resgatado e rebocado até uma área de trapiche em terra firme no fim da noite deste domingo (14). O reboque do mar até terra firme foi acompanhado por aeronave durante o dia. O traslado exigiu cuidado, pois há muitos bancos de areia na área. Por haver corpos em decomposição no barco, o trabalho precisou ser ainda mais cuidadoso.

Polícia Federal, bombeiros, Marinha e outras autoridades concluíram o reboque da embarcação, do mar até um porto em Bragança.

Por volta da 1h da madrugada desta segunda-feira (15), o barco era içado com auxílio de uma máquina retroescavadeira para retirá-lo da margem do rio e colocá-lo em um caminhão, responsável por levar a embarcação até o Instituto Médico Legal (IML), para início da perícia.

Barco com corpos no Pará: Máquina faz retirada de embarcação da margem de rio para caminhão levar até IML em Bragança — Foto: Fábia Sepêda/TV Liberal

Uma lona foi colocada por cima do barco e os corpos permanecem na embarcação, sendo retirados apenas no IML seguindo procedimentos recomendados. Durante todo o processo de retirarada do barco da água, os agentes federais, estaduais e municipais envolvidos usavam máscaras, por conta do forte odor de putrefação dos corpos.

De acordo com os bombeiros, os corpos estavam amontoados na embarcação, que não tem leme e aparenta ser um bote salva-vidas. Ainda não há um número exato de corpos, mas estima-se que seja em torno de 20.

Pelo estado que estão já, bem desidratados, tem bastante dias, talvez até mais de um mês“, afirmou o bombeiro Tadeu Barbosa, que esteve no local ainda no sábado.

A suspeita é as vítimas sejam estrangeiras, visto que as autoridades da região não foram notificadas sobre desaparecimento de barcos com pessoas no Brasil. A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) investigam o caso.

A Polícia Federal abriu inquérito para apurar a nacionalidade das vítimas e as circunstâncias da morte. Uma equipe de papiloscopistas da Polícia Federal de Brasília foi para Bragança trabalhar na identificação das vítimas.

Já o Ministério Público Federal abriu duas investigações sobre caso, uma na área criminal e outra civil. As investigações serão realizadas pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para a defesa de direitos humanos.