O locutor de rádio José Aldair Nidejelski, de 79 anos, morreu nesta segunda-feira (28), em Porto Alegre (RS). A informação foi confirmada por familiares nas redes sociais.
O radialista, nascido em 26 de janeiro de 1945, era natural de Canoinhas, no Planalto Norte catarinense. Ele era avô de Ranani Nidejelski Glazer, brasileiro de 23 anos morto nos ataques terroristas do Hamas contra Israel em outubro de 2023.
De acordo com a filha Tatiana Nidejelski, o pai estava internado desde 10 de outubro após uma queda em casa, no bairro Santana, em Porto Alegre. Ele foi levado à emergência do Hospital com suspeita de AVC e faleceu em decorrência de infecção generalizada.
José Aldair teve seu primeiro contato com o rádio aos oito anos. Aos 12 anos, ele comandava um programa infantil de auditório, e aos 15 anos, foi tentar seguir a carreira no estado do Paraná, mas o pai, Gabriel Nidejelski, resolveu buscá-lo, pois o achava jovem demais para viver sozinho em outro estado.
O jovem radialista, então chamado José Nidejelski, não gostava da sonoridade do nome e conseguiu, por meio da Justiça, adotar o codinome “Aldair” em homenagem a seu padrinho, o locutor Aldair José, a quem creditava a inspiração para a carreira.
Ao longo dos anos, José Aldair passou por várias rádios, em Londrina, e Rio Negro, no Paraná, até consolidar-se em Santa Catarina, na Rádio Canoinhas.
Foi em 1966, porém, que sua carreira tomou um novo rumo ao ingressar na Rádio Gaúcha, em Porto Alegre. Permaneceu na emissora por mais de 35 anos.
José Aldair trabalhou na Rádio Gaúcha, do Grupo RBS, entre 1966 e 2004, sendo uma das principais vozes dos noticiários da emissora. Uma das transmissões mais lembradas do radialista é a narração dos atentados às torres gêmeas, em Nova Iorque (EUA), em 11 de setembro de 2001.
O velório está marcado para esta terça-feira (29), das 10h às 15h, no Crematório Metropolitano, em Porto Alegre.