Em uma demonstração de instinto materno inesperado, uma cachorrinha pinscher chamada Pelúcia “adotou” um filhote de gato recém-nascido e começou a produzir leite para amamentá-lo, mesmo sem nunca ter engravidado. O caso aconteceu em Teixeira Soares, nos Campos Gerais do Paraná, e foi registrado em vídeo pela tutora Fernanda Lara. A história rapidamente ganhou destaque nas redes sociais, encantando internautas.
Pelúcia, com apenas um ano de idade, nunca cruzou nem teve contato com gatos antes da chegada do pequeno Tadeu, o filhote adotado pela família. A tutora relata que o desejo de ter um gatinho partiu do filho Bernardo, de 5 anos, e do marido.
A família, que vive em uma área rural, decidiu acolher o gatinho após descobrir que a gata de uma chácara vizinha estava levando seus filhotes para áreas de mata, onde muitos estavam se perdendo.
Inicialmente, Tadeu era alimentado com leite de vaca, administrado por uma seringa. No entanto, a dinâmica mudou quando Pelúcia começou a interagir com o filhote. “No começo, estávamos com medo de ela atacá-lo. Mas ele sempre tentava se aproximar. Até que um dia, ela deitou com ele na caminha improvisada e ele começou a tentar mamar. Poucos dias depois, percebi que estava saindo leite”, conta Fernanda.
Comportamento materno e instinto surpreendem
Desde então, Pelúcia assumiu o papel de mãe, protegendo e cuidando de Tadeu como se fosse seu próprio filhote. Segundo o veterinário Robson Klimionte, a situação, apesar de curiosa, não é rara. Ele explica que a produção de leite em cadelas está relacionada a estímulos hormonais, em especial à ocitocina, conhecida como “hormônio do amor” ou “hormônio materno”.
“A hipófise é responsável por liberar a ocitocina, que regula a lactação e o instinto maternal. Quando há estímulos sensoriais, como o contato com o filhote, o corpo da cadela pode começar a produzir leite”, afirma o veterinário.
Ele também menciona que esses comportamentos são observados em casos de pseudociese, ou gravidez psicológica, quando o animal pode adotar objetos como se fossem filhotes.
“O organismo entende que é um filhote e desencadeia as respostas hormonais necessárias para o cuidado, como aconteceu entre Pelúcia e Tadeu”, conclui.
Encanto nas Redes Sociais
O vídeo compartilhado por Fernanda conquistou os corações de internautas, que elogiaram a atitude da pinscher e se divertiram com a cena inusitada. A história da pequena Pelúcia e de Tadeu é um exemplo de como o instinto maternal pode se manifestar de forma surpreendente, mesmo entre espécies tão diferentes.
A relação entre a pinscher e o gatinho reforça a ideia de que os laços de afeto podem surgir de maneira inesperada, trazendo à tona gestos de cuidado e amor que transcendem barreiras naturais.