Criança morre e pais, que são irmãos, passam um dia com o corpo em casa no Grande Recife
De acordo com o Conselho Tutelar, o casal não procurou ajuda médica para o filho, apesar de morar próximo a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA).
Lula faz reunião de emergência após deputados ameaçarem boicotar ajuste fiscal
A insatisfação com as exigências do ministro Flávio Dino acendeu o pavio de uma crise que coloca em risco a agenda econômica do governo Lula.
A recente ameaça de boicote por parte dos deputados à aprovação do ajuste fiscal desenhou um cenário de instabilidade política no Brasil. A insatisfação com as exigências do ministro do STF, Flávio Dino, para a liberação das emendas parlamentares, acendeu o pavio de uma crise que coloca em risco a agenda econômica do governo Lula. Na manhã desta segunda, Dino decidiu liberar o pagamento de emendas parlamentares.
A sombra de um boicote levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a convocar uma reunião de emergência com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e com outros integrantes da articulação política no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (2).
A reação do Congresso surpreendeu o Planalto, que esperava um clima mais favorável após a liberação dos pagamentos das emendas. A necessidade de identificar os parlamentares envolvidos na distribuição dos recursos das emendas de comissão, uma das exigências de Dino, gerou desconforto entre os deputados. Essa medida, que busca maior transparência no uso dos recursos públicos, foi vista como uma restrição à autonomia parlamentar.
As emendas de comissão, que ganharam força após a proibição das RP9 (o antigo orçamento secreto), têm sido um instrumento de negociação crucial entre o Executivo e o Legislativo. A possibilidade de direcionar recursos para projetos específicos em suas bases eleitorais confere aos parlamentares um poder significativo na definição das prioridades orçamentárias.
A ameaça de boicote dos deputados à aprovação do ajuste fiscal evidencia a complexidade da relação entre os poderes no Brasil. A questão das emendas parlamentares e a busca por maior transparência nos gastos públicos colocam em xeque a governabilidade e exigem uma negociação delicada entre o governo e o Congresso.
