O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) alcançou mais um importante resultado no combate ao crime organizado no estado. A 1ª Vara Criminal da Comarca de Chapecó condenou 38 réus por envolvimento com uma organização criminosa que atuava de forma estruturada e permanente em diversas regiões catarinenses.
As penas aplicadas variam entre quatro e seis anos de prisão, todas a serem cumpridas inicialmente em regime fechado.
As condenações são resultado da terceira fase da Operação Sodalitas Finis, deflagrada em 10 de abril de 2024 pela 2ª Promotoria de Justiça de Chapecó, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO).
A investigação se baseou na análise de conversas extraídas de celulares apreendidos, que revelaram detalhes da hierarquia interna da facção, o sistema de votação entre membros e o compartilhamento de informações estratégicas, inclusive entre detentos.
De acordo com o MPSC, os condenados integravam uma organização criminosa envolvida em crimes como tráfico de drogas, comércio ilegal de armas de fogo e homicídios. A sentença reconheceu ainda a existência de conexões da facção com grupos criminosos de outros estados do país.
Operação Sodalitas Finis já resultou em 172 prisões
A primeira fase da operação “Sodalitas Finis” foi deflagrada na data de 22 de agosto de 2023 com o cumprimento de 97 mandados de busca e apreensão e 79 mandados de prisão preventiva.
Naquela oportunidade as ordens foram cumpridas nas cidades de Chapecó, Xaxim, Xanxerê, Águas de Chapecó, Campos Novos, Catanduvas, Coronel Freitas, Formosa do Sul, Joaçaba, Caçador, Barra Velha, Biguaçu, Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Lages, Ponte Alta, Penha, Tubarão, Venancio Aires/RS e Lajeado/RS.
Ao total, em suas quatro fases e seus desdobramentos, a operação já resultou na prisão de 172 pessoas. A Operação “Sodalitas Finis” é desfecho de meses de investigação unindo esforços de diversas unidades de segurança do Estado sendo uma resposta clara e direta contra as atividades do crime organizado.
Além das prisões, a operação resultou na apreensão de armas de fogo, munições, mais de R$ 600 mil em dinheiro vivo e grandes quantidades de entorpecentes, incluindo cocaína, maconha e crack.
O nome da operação, “Sodalitas Finis” — que em latim significa “o fim do grupo” — remete ao objetivo central da força-tarefa: desarticular por completo a atuação da organização criminosa, especialmente na cidade de Xaxim e na região de Chapecó, onde o grupo comandava uma série de atividades ilícitas com alto grau de violência e periculosidade.