Uma briga por causa de um galo de estimação terminou em tragédia e resultou na condenação de um homem a 12 anos de prisão em regime fechado. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (16) pelo Tribunal do Júri da Comarca de Brusque, após atuação do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
O crime aconteceu em setembro de 2018, em Botuverá. De acordo com a investigação, a vítima foi até a casa do acusado para comprar um galo da família. Durante a visita, o galo morreu de forma inesperada. O homem pegou o animal no colo, soltou no chão e ele deu alguns passos e caiu morto.
Irritado com a situação, o dono da ave pegou uma faca e atacou o comprador, que tentou fugir, mas não resistiu aos ferimentos e morreu devido a uma hemorragia.
A promotora de Justiça Susana Perin Carnaúba, responsável pelo caso, destacou que a motivação do crime foi considerada fútil. Para ela, a condenação mostra que a Justiça não tolera violência por motivos banais. “A vida humana não pode jamais ser colocada em segundo plano diante de um ato impulsivo e desproporcional”, afirmou a promotora.
Durante o julgamento, a defesa do réu tentou alegar legítima defesa e forte emoção, argumentando que o galo era um animal de estimação importante para a família, especialmente para o filho de sete anos do acusado. No entanto, os jurados não aceitaram essas justificativas e seguiram o entendimento do MPSC, condenando o homem por homicídio qualificado.
Com a decisão, o réu deverá começar a cumprir a pena de imediato, conforme a determinação do Supremo Tribunal Federal em casos de veredicto do Tribunal do Júri. Ele não terá direito a cumprir a pena em regime semiaberto ou aberto, nem poderá ter a pena substituída por outras medidas.






