Um homem de 56 anos foi condenado a 24 anos, dois meses e 12 dias de prisão em regime fechado pelo assassinato da esposa e tentativa de homicídio do próprio filho, crimes cometidos em 10 de fevereiro de 2024, em Ponte Alta do Norte, no Planalto Sul Catarinense.
O julgamento ocorreu na última quarta-feira (18), no Tribunal do Júri de Curitibanos, município-sede da comarca.
Na madrugada do crime, movido por ciúmes, o réu esfaqueou a esposa, Célia de Souza Santos, de 50 anos, e em seguida atacou o filho do casal, um adolescente de 16 anos, desferindo golpes nas regiões cervical e torácica. Após o ataque, ele fugiu do local, mas foi preso preventivamente dias depois e denunciado pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
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Durante o julgamento, o réu também respondeu por posse ilegal de arma de fogo, já que mantinha em casa um revólver e espingardas sem registro. Após seis horas de sessão, os jurados acolheram todas as teses apresentadas pelo promotor de Justiça Felipe Rodrigues da Silva Sanches.
Três qualificadoras agravaram a pena: feminicídio (motivado pela condição de gênero da vítima), motivo fútil (ciúmes) e o uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. O fato de o assassinato ter ocorrido na presença do filho também contribuiu para o aumento da pena.
“O veredito reafirma o compromisso da sociedade com a defesa da vida e o combate à violência doméstica. A pena reflete a gravidade dos atos e os impactos que ainda afetam a vítima sobrevivente”, afirmou o promotor.
Após o fim do julgamento, o réu foi reconduzido ao presídio e não poderá recorrer em liberdade.