Nove anos após o crime que tirou a vida de Gean Robert Gonçalves Wolski, então com 19 anos, os quatro homens denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) por envolvimento no assassinato foram condenados pelo Tribunal do Júri na última quinta-feira (24), no Fórum de Mafra.
O homicídio aconteceu na noite de 22 de julho de 2016, no bairro Amola Flecha. Segundo a denúncia, o crime foi motivado por vingança após uma briga entre Gean e um dos réus ocorrida em um bar da cidade.
Após o desentendimento, os acusados Alisson Passerino Costa e Ademir Mamede deixaram o local e se reuniram com Luciano Carneiro de Souza Junior e Adilson Costa para planejar o ataque.
A investigação apontou que o grupo se armou e se posicionou em um matagal próximo à casa das vítimas. Quando Gean, seu pai e um amigo retornaram do bar, foram surpreendidos pelos disparos efetuados pelas costas.
Gean morreu ainda no local. O pai e o amigo foram gravemente feridos, mas sobreviveram após receberem atendimento médico.
Durante o julgamento, que durou dois dias, o Conselho de Sentença acolheu integralmente a tese das representantes do MPSC, resultando na condenação dos réus. As penas foram definidas da seguinte forma:
- Luciano Carneiro de Souza Junior: 65 anos de reclusão
- Alisson Passerino Costa: 60 anos de reclusão
- Ademir Mamede: 60 anos de reclusão
- Adilson Costa: 59 anos e quatro meses de reclusão
Todos deverão cumprir a pena em regime inicial fechado.
Embora tenham respondido ao processo em liberdade, os condenados foram presos imediatamente após a leitura da sentença, em conformidade com a tese de repercussão geral fixada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que permite a execução provisória da pena em casos decididos pelo Tribunal do Júri.
O Juízo da Vara Criminal de Mafra também negou aos réus o direito de recorrer em liberdade.
A mãe da vítima comemorou a decisão e destacou que “é um alívio após uma espera de nove anos. Eu sabia que Deus moveria céu e terra para fazer justiça e ela foi feita”.