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Mendonça vota para manter prisão de suspeitos por fraude no INSS

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Ao determinar as prisões, Mendonça disse que as medidas são necessárias para garantir o andamento da investigação. 

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Agência Brasil — O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta sexta-feira (26) para manter as prisões dos empresários Antonio Carlos Camilo Antunes (foto), conhecido como Careca do INSS, e Maurício Camisotti. 

Suspeito de liderar o esquema bilionário de fraudes, o “Careca”, foi detido em sua residência, em Brasília (DF). Antunes é o lobista apontado pela PF como “facilitador” do caso.

O voto foi proferido no julgamento virtual da Segunda Turma da Corte. O colegiado vai decidir se referenda a decisão individual do ministro que determinou as prisões no dia 12 de setembro. 

Os acusados são investigados pela Polícia Federal no inquérito que apura os descontos indevidos de mensalidades associativas nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Ao determinar as prisões, Mendonça disse que as medidas são necessárias para garantir o andamento da investigação. 

“As investigações da Operação Sem Desconto apontam, neste momento, para a existência de uma complexa estrutura criminosa, com dezenas de operadores em diferentes níveis, orientada ao contínuo desencaminho de recursos previdenciários destinados a aposentados e pensionistas, com prejuízos a milhares de pessoas”, disse o ministro. 

O julgamento virtual prossegue até a próxima sexta-feira (3). Faltam os votos dos ministros Dias Toffoli, Nunes Marques e Edson Fachin. Gilmar Mendes se declarou impedido para julgar o caso. 

Como funcionava o esquema

Segundo a PF e a Controladoria-Geral da União (CGU), as entidades investigadas:

  • 💰 ofereciam pagamento de propina a servidores do INSS para obter dados de beneficiários;
  • ✍️ usavam assinaturas falsas para autorizar descontos;
  • 💻 criavam associações de fachada, muitas vezes presididas por idosos, pessoas de baixa renda ou aposentados por incapacidade.

As associações cadastravam, sem autorização, aposentados e pensionistas do INSS e passavam a descontar mensalidades diretamente na folha de pagamento. Em muitos casos, os idosos nem sabiam que estavam sendo “associados”.

Há registros de aposentados que, no mesmo dia, foram filiados a mais de uma entidade — com erros de grafia idênticos nas fichas, apontando para fraudes.

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