A sessão de terça-feira (11), foi marcada por diversas discussões a respeito de educação. O Projeto de Lei (PL) 158/2019, de origem executiva, que faz a cessão de uso de espaço público para à Unidade de Ensino Superior Vale do Iguaçu (Uniguaçu), foi defendida por representantes da universidade e questionado por representantes das Instituições de Ensino de Canoinhas.
Durante a reunião das comissões, representantes da Uniguaçu tiveram a oportunidade de repassar aos vereadores informações pertinentes à vinda da Universidade para o município.
Também utilizou a tribuna a professora Rosane Godoi, diretora da Faculdade Metropolitana do Planalto Norte (Fameplan), que falou em nome de várias instituições de ensino de Canoinhas, como UnC, Dama, Fameplan, entre outras.
— É uma insanidade pensar que no mundo em que vivemos podemos fechar as portas. Toda concorrência é saudável e beneficia o consumidor, entretanto algumas coisas precisam ser consideradas nesse episódio em parece que há um posicionamento a favor de um lado e contra outros lados.
Se referindo ao Poder Executivo, autor do Projeto de Lei, a professora Rosane Godoi questionou em diversas vezes o porquê de um tratamento “diferenciado”, nas suas palavras, às instituições de ensino de outros municípios.
“Falar é prata, calar é ouro, mas eu não posso me calar”, assim iniciou a sua fala o vereador Célio Galeski (PL), que já informou desde a sessão anterior ser favorável ao projeto de lei.
—Não é dessa forma que agimos aqui. Dizer que estamos fazendo algo ilegal? Pelo amor de deus. Se vocês soubessem da dificuldade que é se eleger vereador, da responsabilidade de estar sentado nessa cadeira, da luta que é, isso não é fácil. Por isso eu quando voto, quando decido votar, eu voto por mim e por aquilo que eu entendo que é o melhor para a comunidade, dentro da Lei, finalizou Galeski, que afirmou que os vereadores não estão votando contra as instituições de ensino de Canoinhas, estão dando a oportunidade de uma nova universidade se instalar no município.
O vereador Paulo Glinski (PSD) lembrou que o projeto não está para votação, ainda está em apreciação nas comissões da casa, e para chegar a votação em plenário necessita passar pelas comissões.
—Ninguém quer gerar concorrência desleal, e ninguém quer criar dificuldades para ninguém. Agora se for possível que em cada instituição municipal a gente pudesse abrir para que venham outras instituições, e não atrapalhe o dia a dia da escola. Excelente!, afirmou o vereador Paulo Glinski.
Já a vereadora Zenici Dreher (PL) afirmou sempre defender o acesso à educação, e interpreta que caracteriza desleal a concorrência que poderá gerar com o PL. A vereadora propôs debater junto a comissão o projeto para não fazer nada fora do que preconiza a legislação.
Vereador Coronel Mário (PL) afirmou que o parecer da Comissão de Justiça e Redação, o qual faz parte, irá ser extremamente técnico, dentro das indicações dos departamentos jurídicos da prefeitura e da Câmara de Vereadores.
Presidente da comissão de Justiça e Redação da casa, vereadora Camila Lima (MDB) comentou que a comissão irá fazer um estudo completo sobre o Projeto de Lei para fazer o parecer.