Foto: Pedro França/Agência Senado |
O Conselho de Ética do Senado recebeu nesta terça-feira (19) um aditamento ao pedido de cassação do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), que tramita desde fevereiro.
Marinho relatou que Flávio Bolsonaro teria sido informado com antecedência sobre o deflagramento da operação Furna da Onça, da Polícia Federal, que investiga denúncias de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
A informação teria partido de um delegado da PF simpatizante do então candidato a presidente Jair Bolsonaro, pai de Flávio, que naquele momento disputava o segundo turno das eleições. O delegado teria informado, ainda, que a operação seria postergada para não prejudicar a campanha de Jair Bolsonaro.
Segundo Marinho, o delegado teria adiantado que a investigação atingiria Fabrício Queiroz, assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj apontado como responsável pela “rachadinha” — que consiste no repasse de parte do salário dos funcionários do gabinete para o parlamentar.
O aditamento foi apresentado pelos presidentes dos partidos de oposição que assinam o pedido de cassação: PT, PSOL e Rede. Eles argumentam que a demissão de Queiroz foi uma maneira de atrapalhar as investigações das denúncias na Alerj.
“Está cada vez mais evidente que a família Bolsonaro visa intervir para obstruir o trabalho dos órgãos do sistema de justiça, em investigações que estejam em curso no estado do Rio de Janeiro ou outros que possam afetar interesses seu, de sua família ou de aliados.
A denúncia original acusa o senador Flávio Bolsonaro de lavagem de dinheiro, corrupção e associação com milícias.
A assessoria do senador Flávio Bolsonaro não comentou o aditamento.
Fonte: Agência Senado