Os pais do pequeno Matheus Rodrigo de Oliveira autorizaram a doação dos órgãos do garoto, de apenas 7 anos, que teve morte cerebral confirmada pelos médicos na última quinta-feira (17) à noite. Matheus sofreu uma parada cardiorrespiratória ao engolir um apito de brinquedo na semana passada.
Órgãos como coração, olhos, fígado e rim foram doados. Ao menos seis famílias serão beneficiadas com os órgãos da criança, após a doação autorizada pela família.
“A gente sabe o quanto é ruim para quem está esperando [por um transplante]. Então se ele puder salvar a vida de outra criança, tenho certeza de que onde ele estiver vai ficar muito feliz”, desabafa Tiele Costa de Oliveira, mãe de Matheus.
O sepultamento do menino ocorreu na tarde deste sábado (19) Cemitério Machados, em Navegantes.
O ACIDENTE
No último sábado (12) à tarde, o menino brincava com os amigos na frente de casa, em Navegantes, no litoral Norte de Santa Catarina, quando engoliu um apito plástico, daqueles que vêm dentro de brinquedos. Quando a vizinha chamou os pais de Matheus, o menino já estava desacordado e foi levado às pressas à base dos bombeiros.
“Não sei dizer se o apito era daqui de casa ou se ele pegou com amigos ou da rua. As crianças disseram que ele estava com o apito na boca soprando e de repente ele engoliu. E logo começou a pedir socorro”, disse a mãe do menino.
Segundo o Corpo de Bombeiros, dois homens buscaram ajuda no quartel da unidade por volta as 16h30 de sábado. O pai relatou que menino havia engolido um apito e ficou inconsciente.
A equipe médica do local começou com o procedimento de reanimação do garoto, enquanto os socorristas do helicóptero Arcanjo-03 se preparavam para assumir o atendimento.
Durante a manobra, o menino expeliu o apito. Ele foi levado ao Hospital Pequeno Anjo em Itajaí, Litoral Norte, onde ficou internado durante seis dias em estado grave. Na noite de quinta-feira (17) teve morte cerebral.
Como é preciso aguardar os procedimentos para captação dos órgãos, o corpo do menino seguia no hospital até a manhã deste sábado, quando o corpo foi então liberado para velório e sepultamento.