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Irmã de criança morta pela mãe em SC também sofria agressões, diz polícia

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Na residência, a polícia apreendeu um objeto semelhante a um relho, que é um chicote usado para domar cavalo e que pode ter sido utilizado para espancar a menina até a morte.

A Polícia Civil de Timbó informou nesta terça-feira (10), que uma criança de 6 anos, irmã da menina Luna Nathielli Bonett Gonçalves, de 11 anos, que foi morta pela mãe, também tem sinais de agressão.

Segundo o delegado André Beckman, responsável pelas investigações, a menina já havia aparecido na escola com hematomas na pele.

O investigador conta que, durante depoimentos, professores também disseram que o perfil da caçula era parecido com o de Luna. A vítima costumava andar com roupas compridas mesmo em dias quentes e não gostava de falar da vida pessoal.

Para comprovar a situação de violência, a equipe cumpriu mandado de busca na residência das irmãs na quinta-feira (5). Lá a polícia apreendeu um objeto semelhante a um relho, que é um chicote usado para domar cavalo e que pode ter sido utilizado para espancar a menina até a morte.

A polícia também procurou anotações feitas pela vítima revelando as agressões: “Buscamos por instrumentos do crime, anotações, documentos que ajudem a entender o contexto da situação que ocorria na casa. Por exemplo, se era um cárcere privado, como alguns relatam, e até se eventualmente a criança possa ter escrito alguma coisa após violências sofridas”, diz.

O delegado não confirmou o que exatamente foi encontrado. Apesar de não dar detalhes, Beckman revelou que as irmãs viviam em um ambiente aparentemente hostil.

A mãe confessou o homicídio, mas contradições na versão dela fizeram a Polícia Civil buscar todas as provas para elucidar o que de fato aconteceu.

O CRIME

Luna Nathielli Bonett Gonçalves foi encontrada morta, em casa, com sinais de violência na madrugada do último dia 14 de abril.

A mãe e padrasto da criança disseram que ela caiu de uma escada após tentar resgatar um gato. O socorro foi acionado por volta da meia-noite e a criança foi encaminhada ao Hospital Ordem Auxiliadora das Senhoras Evangélicas (OASE). A menina chegou à unidade de saúde sem vida.

O atestado de óbito de Luna mostra a brutalidade com que a adolescente foi assassinada. 

Conforme o laudo, a garota sofreu politraumatismo. Ela tinha lesões internas no crânio, baço, pulmão, intestino, uma laceração na vagina e também estava com o rosto machucado.

A mãe confessou o crime. O padrasto da vítima, de 41 anos, ficou em silêncio durante o depoimento.

As investigações deram conta que a mãe, ao supostamente descobrir que a filha mais velha tinha um namorado e mantinha relações sexuais com ele, teve um ataque de raiva e a espancou. 

O crime, segundo a Polícia Civil, é investigado sob a perspectiva de feminicídio.  A investigação prossegue em torno da participação do padrasto na morte da criança, bem como para evidenciar se houve ou não a prática de crime contra a dignidade sexual.

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