Corpo é encontrado em terreno usado para confinamento de gado em SC
Vanessa Martins, de 23 anos, moradora de Pinheiro Preto, foi encontrada morta e enterrada em uma propriedade rural em Tangará, no Oeste de Santa Catarina, a cerca de 10 km de onde ela vivia, após passar uma semana desaparecida, informou a Polícia Civil nesta quarta-feira (31).
Dois suspeitos de 24 anos foram presos e admitiram ter asfixiado Vanessa utilizando uma corda, dentro de um veículo. Um dos homens, segundo a Polícia Civil, mantinha uma relação amorosa com a jovem. Nenhum dos envolvidos no caso contava com passagens policiais.
A Polícia agora aguarda um laudo cadavérico para confirmar se Vanessa estava grávida. Familiares informaram às autoridades sobre a gravidez, mas apenas um exame poderá comprovar, informou o delegado André Cembranelli.
A jovem foi assassinada no dia 22 de maio, mas o corpo foi encontrado na segunda-feira (29), no terreno de um frigorífico usado para confinamento de gado.
O delegado contou que os suspeitos teriam tentado queimar o corpo para atrapalhar as buscas. “Eles usaram uma retroescavadeira para enterrar ela, foram muito cruéis, muito frios”, comentou Cembranelli.
Os dois homens detidos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça e responderão pelo feminicídio da jovem. A motivação do crime ainda é investigada.
“A gente vai agora esmiuçar, apurar todas as circunstâncias que motivaram o fato”, disse o delegado.
Desaparecimento
Antes de sumir, ela teria dito à família que dormiria na casa de um amigo. Conforme o delegado, o pai dela estranhou quando recebeu mensagens da filha, já fora de casa, dizendo que arranjou um emprego em outra cidade e estava de mudança. Os textos, no entanto, teriam sido escritos pelos suspeitos.
“O pai da vítima, depois que a menina desapareceu, procurou saber com quem ela andava. E, então, ele passou a manter contato com um dos suspeitos. […] Chegou a ele procurando na cidade, que é pequena”, afirmou o delegado.
Durante a conversa, o suspeito teria dito a ele que a jovem estava sendo submetida a cárcere privado por traficantes de Videira, na mesma região. O pai relatou o desaparecimento à polícia.
O suspeito foi localizado e interrogado na segunda-feira (29). Segundo o delegado, ao tentar “ganhar tempo” com a hipótese falsa do cárcere privado, acabou indicando aos policiais o local em que o corpo estava enterrado. Ele confessou o crime e indicou a participação do segundo suspeito.